Identificação molecular de infecções maláricas subclínicas e mistas por alvos não ribossomais de Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pimenta, Lara Cotta Amaral
Orientador(a): Carvalho, Luzia Helena de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34160
Resumo: Em áreas endêmicas para malária, o diagnóstico molecular de infecções por Plasmodium tem identificado altas frequências de infecções de baixa densidade, abaixo do limite de detecção da microscopia convencional. Muitas são as implicações destes achados, já que os portadores de malária submicroscópica podem transmitir os parasitos, atuando como reservatórios da doença. Historicamente, a maioria dos protocolos de PCR para malária se baseia na amplificação das poucas cópias do gene 18S rRNA, que apresenta baixa sensibilidade e reprodutibilidade. Na última década, a mineração de dados genômicos dos parasitos do gênero Plasmodium permitiu a descoberta de novos alvos espécie-específicos múlticópias – tais como Pvr47 em P. vivax e Pfr364 em P. falciparum – promissores para o diagnóstico molecular da malária. Neste trabalho, nós desenvolvemos um protocolo de PCR em tempo real não ribossomal (NR-qPCR) para amplificar os alvos Pvr47/Pfr364. A NR-qPCR foi comparada a três protocolos de PCR bem estabelecidos, dois deles baseados no gene 18S rRNA (Nested-PCR e R-qPCR) e um terceiro, o ensaio de PCR original que possui como alvos Pvr47/Pfr364 (NR-cPCR). Curvas de titulação de infecções mistas artificiais por P. vivax e P. falciparum demonstraram um aumento de sensibilidade da NR-qPCR em comparação com os outros ensaios de PCR, mesmo quando o DNA de uma das espécies esteve presente em uma proporção cem vezes menor do que da outra espécie. A avaliação dos quatro ensaios de PCR em amostras de campo, incluindo indivíduos sintomáticos ou assintomáticos, confirmou que as infecções maláricas submicroscópicas não foram prevalentes entre os pacientes sintomáticos, mas representaram uma grande proporção (até 77%) entre os indivíduos assintomáticos, expostos à malária na Amazônia. De relevância, a amplificação de diferentes alvos plasmodiais (Pvr47/Pfr364 e gene 18S rRNA) não aumentou a chance de detecção de infecções maláricas submicroscópicas. Como a maioria das infecções subclínicas foi causada por P. vivax, a forma mais comum de malária na floresta amazônica, futuros estudos devem investigar o potencial de Pvr47/Pfr364 para detectar infecções de malária mista em campo.