Prognóstico de pacientes infectados pelo HIV internados na Unidade de Terapia Intensiva: um estudo multicêntrico brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Andrade, Hugo Boechat
Orientador(a): Japiassú, André Miguel, Bozza, Fernando Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25386
Resumo: A terapia antirretroviral combinada (cART) revolucionou o tratamento do HIV/Aids, com significativo impacto na sobrevida e na qualidade de vida. No entanto, a mortalidade de pacientes HIV que evoluem com gravidade e são internados em unidades de terapia intensiva (UTI) continua elevada. Conhecer os fatores prognósticos e prever o desfecho dos pacientes críticos com HIV são importantes para a adoção de medidas preventivas e tratamento mais adequado. Foi realizada, na primeira parte da dissertação, uma revisão sistemática da literatura sobre fatores prognósticos de curto prazo (mortalidade na UTI e hospitalar) de pacientes críticos portadores do HIV que concluiu que fatores associados com a gravidade da doença aguda, como escores prognósticos, albumina e falências orgânicas (choque e insuficiência respiratória), parecem ter maior importância como determinantes da mortalidade de curto prazo do que os associados ao HIV, mas uso de cART durante a internação na UTI pode ser benéfico conforme metanálise dos dados, apresentada na segunda parte da dissertação como um artigo científico original em inglês. Para comprovar os dados da revisão relativos à mortalidade na UTI, na terceira parte da dissertação apresenta-se um estudo observacional prospectivo multicêntrico, com três unidades de terapia intensiva brasileiras, que concluiu que choque à admissão, coma, hipoalbuminemia grave e infecção bacteriana adquirida na UTI são fatores independentemente associados com a mortalidade na unidade de terapia intensiva; enquanto fatores associados à infecção pelo HIV não apresentaram associação com a mortalidade na UTI.