Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Paula, Lícia Murito de |
Orientador(a): |
Oliveira, Jaime Lopes da Mota |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56671
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Resumo: |
A contaminação dos recursos hídricos pode causar diversos danos ao meio ambiente, como exemplo, a eutrofização pelo excesso de nutrientes (nitrogênio e fósforo). Outro problema ambiental crescente é a presença de hormônios estrogênicos, tais como o 17 α-etinilestradiol (EE2) e o 17 β-estradiol (E2). Estes micropoluentes vêm causando impactos tanto na saúde animal como humana e uma das principais vias de descarte nos sistemas hídricos é pelo lançamento de efluentes. Com isso, os processos de tratamento de efluentes se tornam uma barreira para o descarte tanto de nutrientes quanto de hormônios no meio ambiente, logo, a busca por processos de tratamentos de esgoto que removam esses contaminantes é de suma importância. Um dos processos que vem se mostrando promissor para remoção desses contaminantes é o reator em batelada sequencial (RBS), pois nele pode-se promover diferentes atividades metabólicas contribuindo para remoção de nutrientes e hormônios. Este trabalho avaliou a remoção de nutrientes e do EE2 e E2 por meio de dois RBS, sendo um reator aclimatado com os hormônios por 102 dias (RBS 1) e outro não (RBS 2). Esses reatores operaram com tempo de retenção hidráulica de 12 horas adotando as etapas anaeróbia, aeróbia e anóxica. A análise dos resíduos de hormônios no esgoto e no lodo foi realizada pelo método de ELISA. Após este período (103 dias), os reatores foram alimentados com esgoto sintético contendo os hormônios (EE2 de 7,96 μg L-1 e de E2 de 5,96 μg L-1). A eficiência na remoção de matéria orgânica foi entre 90 e 96% (em termos de demanda química de oxigênio e carbono orgânico dissolvido), de fósforo foi em média de 79% e de nitrogênio foi acima de 80% nos dois reatores. O EE2 obteve uma remoção média de 35,8% no RBS 1 e 66,5% no RBS 2, e seu provável mecanismo de remoção foi a sorção no lodo, não sendo observada possível biodegradação apesar da alta taxa de remoção de nitrogênio e da aclimatação. Este resultado diverge dos achados na literatura, o que indica uma tendência de descarte dos resíduos de EE2 pelo lodo. Em relação ao E2, a remoção média foi de 87,1% no RBS 1 e de 82,8% no RBS 2, sendo observada uma possível biodegradação como mencionado pela literatura. |