Eficiência de um reator batelada sequencial combinado com UV/H2O2 para remoção de 17α etinilestradiol (EE2) e 17β estradiol(E2) em esgoto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Tayane Crispim de
Orientador(a): Oliveira, Jaime Lopes da Mota
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40196
Resumo: Os desreguladores endócrinos (DEs) são substâncias que estão presentes no meio ambiente em matrizes de água e esgotos e são capazes de interferir na produção, liberação, metabolismo e eliminação de hormônios em organismos vivos. Dentre eles se destacam, o 17 βestradiol (E2), hormônio feminino liberado naturalmente pela excreção e o 17α-etinilestradiol (EE2) que é um hormônio sintético presente nas pílulas anticoncepcionais. Um dos processos promissores no tratamento biológico de esgotos com remoção simultânea de matéria orgânica e nutrientes são os processos por lodo ativado que operam por sistemas em bateladas, realizadas por um reator em batelada sequencial (RBS). Em paralelo, os processos oxidativos avançados (POA) surgem como nova tecnologia capaz de degradar substâncias recalcitrantes em água e esgoto. Desse modo, o presente estudo avaliou a eficiência de RBS combinado com UV/H2O2 na remoção do EE2 e E2. Para isso foi elaborado um RBS em escala de bancada (20 L) onde foram adicionados uma única vez os compostos EE2 e E2 (ambos 5 µg. L-1) com monitoramento de 13 ciclos subsequentes. O esgoto tratado gerado pelas duas primeiras bateladas do RBS foi submetido ao tratamento pelo POA. As eficiências médias de remoção de matéria orgânica e nutrientes foram de 83% para DQO e 90% para COT e 65% de NT e 55% de PT. Já no primeiro ciclo foi observado uma remoção de 75% do EE2 e 89% do E2. Nos outros cinco primeiros ciclos foram identificados resíduo de E2 no esgoto tratado pelo RBS, e os resíduos de EE2 foram identificados em todos os doze ciclos subsequentes. Após os 13 ciclos, 85 e 18% de todo o EE2 e E2, respectivamente, adicionado ao RBS saíram com o esgoto tratado. Isto sinalizou que possivelmente o EE2 foi gradualmente dessorvido pelo lodo, enquanto o E2 pode ter sido degradado. As amostras submetidas ao tratamento com POA alcançaram remoção de 100% dos compostos sob as condições de tempo de reação de 60 minutos, UV254 nm = 14,79 mW/cm2 e [H2O2] = 6mg.L1 . No entanto, alguns ensaios foram prejudicados pelo material em suspensão, mostrando a importância de um esgoto tratado mais límpido para garantir uma melhor eficiência do póstratamento por POA. Portanto, o RBS não foi capaz de remover o EE2, mas pode estar promovendo a degradação do E2. O sistema UV/H2O2 pode ser promissor como pós-tratamento na remoção desses micropoluentes.