Desafios da fisioterapia dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Marenco, Erika Oliveira
Orientador(a): Barros, Denise Cavalcante de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31144
Resumo: A Saúde da Família foi adotada como estratégia prioritária para a reorganização da Atenção Primária à Saúde no Brasil – visando atingir os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) – com a expansão e a consolidação da Estratégia Saúde da Família (ESF), cuja especificidade está centrada na existência da equipe multiprofissional de saúde da família (BRASIL, 2011). Esta equipe multiprofissional, mais recentemente teve a incorporação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (GIOVANELLA e MENDONÇA, 2012). O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) é uma estratégia que tem por objetivo apoiar, ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na Atenção Primária à Saúde, devendo estar comprometido com a promoção de mudanças na atitude e atuação dos profissionais das equipes de Saúde da Família (BRASIL, 2009). O trabalho do NASF é orientado pelo referencial teóricometodológico do Apoio Matricial, desenvolvendo práticas colaborativas, em pelo menos, duas dimensões: clínico-assistencial e técnico-pedagógica; o NASF constitui-se em retaguarda para as equipes de Saúde da Família (BRASIL, 2014). Nesse contexto, em permanente construção, o fisioterapeuta, inserido na Atenção Primária à Saúde a partir da criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, depara-se com esse novo arranjo organizacional e metodologia de trabalho do Apoio Matricial. A possibilidade de tornar a fisioterapia cientificamente mais fundamentada, sanitariamente mais contextualizada e socialmente mais comprometida (BISPO JÚNIOR, 2013) traz o questionamento: COMO O FISIOTERAPEUTA ORGANIZA E DESENVOLVE SEU TRABALHO NO NASF PELA LÓGICA DO APOIO MATRICIAL? O objetivo geral da dissertação consistiu em analisar a percepção dos fisioterapeutas sobre sua inserção e atuação nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) do município do Rio de Janeiro. A presente investigação trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantiqualitativa, subsidiada por uma análise documental de Leis, Portarias, Diretrizes e Políticas relativas aos Núcleos de Apoio à Saúde da Família para contextualizar a inserção do fisioterapeuta na Atenção Primária à Saúde e por ampla pesquisa bibliográfica. O estudo de caso teve como população-alvo o universo dos fisioterapeutas inseridos no NASF do município do Rio de Janeiro. O presente estudo possibilitou distinguir três momentos, em relação à atuação dos fisioterapeutas no NASF sob a lógica do Apoio Matricial. A dimensão clínico-assistencial direta aos usuários em caráter individual ou coletivo foi a atividade mais realizada. A dimensão técnico-pedagógica para e com as equipes de Saúde da Família, pelo seu ineditismo para os fisioterapeutas, precisa ser reforçada o que demanda esforços de ambas as partes. Já a dimensão sócio sanitária necessita ter sua ênfase priorizada, a começar pelo processo de territorialização, levantamento das pessoas com deficiência, mapeamento dos equipamentos formais ou não governamentais para ordenar as redes de apoio social e de atenção à saúde e contribuir para as ações de educação e de promoção da saúde. O panorama levantado demonstra a necessidade de diálogo e negociação para definir a melhor forma de estruturação de fluxos e processos de trabalho integrados entre o NASF e as equipes Saúde da Família na ESF.