Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Viana, Sayonara de Melo |
Orientador(a): |
Oliveira, Camila Indiani de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30540
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Resumo: |
INTRODUÇÃO. A leishmaniose é uma doença global que afeta 12 milhões de pessoas e para a qual não existe uma vacina. A administração de substâncias fotossensibilizadoras e luz torna formas de leishmania inviáveis através da geração de espécies reativas de oxigênio, mas preserva seu uso efetivo para imunização. Os parasitas podem ser fotoinativados através do acúmulo de fotossensibilizadores externos, captados pela da via endocítica, ou pela indução de porfirinas endógenas com o uso delta-aminolevulinato (ALA) em parasitas transgênicos. OBJETIVOS. Neste trabalho empregamos a fotoinativação para a geração de parasitas atenuados/inativados, de modo a induzir imunidade contra a leishmaniose cutânea. MATERIAL E MÉTODOS / RESULTADOS. Inicialmente, mostramos que a sensibilização exógena de Leishmania amazonensis com aminoftalocianina 2 (PC2) e posterior exposição à luz vermelha diminuiu significativamente a viabilidade parasitária e a taxa de infecção de macrófagos. Camundongos inoculados com parasitas fotoinativados por PC2 apresentaram menor carga de doença quando comparados aos controles, inoculados com parasitas viáveis, além de proteção parcial após o desafio. Em seguida, mostramos que uma cepa de L. amazonensis geneticamente complementada com os genes que codificam a porfobilinogênio deaminase (PBGD) e a aminolevulinato desidratase (ALAD) acumula uorporfirina 1 (URO1) após exposição ao ácido delta-aminolevulínico (ALA) e URO1 atua como sensibilizador quando exposta à luz. A fotoinativação endógena de L. amazonensis com ALA-URO1 também reduziu a viabilidade dos parasitas e a taxa de infecção de macrófagos. Diante desses resultados, testamos o efeito da inoculação de camundongos com parasitas duplamente sensibilizados, empregando PC2 e ALA-URO1, simultaneamente. Nestes ensaios, a fotoinativação foi realizada in vivo, após exposição do local da inoculação dos parasitas à luz. Os parasitas não causaram lesão e nem foram detectados por carga parasitária. A imunização induziu uma proteção parcial pois foi capaz atrasar o aparecimento da lesão após o esafio com parasitas vivos. Em seguida, testamos a fotoinativação de L. raziliensis e, para isso, geramos uma cepa geneticamente complementada e capaz de expressar ALAD e PBGD. Os parasitas transgênicos também acumularam porfirinas após exposição ao ALA e foram inativados por exposição à luz. Os parasitas fotoinativados foram internalizados por macrófagos murinos em taxas semelhantes aos parasitas controle, embora sua replicação tenha sido menor. Macrófagos infectados com L. braziliensis fotoinativada produziram IL-6, TNF e IL-10 e aumentaram a expressão das moléculas co-estimulatórias CD40 e CD86. CONCLUSÕES. Estes dados indicam que as linhagens transgênicas de L. amazonensis e L. braziliensis podem ser fotoinativadas, permitindo a geração de parasitas atenuados, capazes de induzir proteção parcial em modelos de leishmaniose cutânea. |