Estudo sobre a Doença de Chagas aguda no estado Pará, Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Valéria Regina Cavalcante dos
Orientador(a): Coura, José Rodrigues, Savino, Wilson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25168
Resumo: Nas últimas duas décadas o Estado do Pará tem apresentado casos agudos de doença de Chagas por surtos ou casos isolados associados ao risco de transmissão por via oral. Com o objetivo de avaliar a doença de Chagas aguda (DCA) ao longo dos anos no Estado do Pará foi realizado um levantamento epidemiológico de 2000 a 2016, a partir dos registros sistematizados no Sistema Nacional de Notificação de Agravos (SINAN /Estadual); No período entre o segundo semestre de 2013 até o primeiro semestre de 2016 realizamos estudo prospectivo, de caso-controle, com análise das aminotrasnferases e fatores da coagulação de pacientes referenciados com DCA e com exame parasitológico positivo, sob atendimento ambulatorial do Hospital Universitário João de Barros Barreto. Os resultados mostram que a DCA vem ocorrendo ao longo dos anos com um aumento do número de casos notificados e confirmados. O ano com menos casos confirmados foi 2005, com cinco casos e o ano com maior número de casos confirmados foi 2016 com 327 casos. No período de 2000 a 2016, foram notificados 16.807 (casos suspeitos) em 130 dos 144 municípios paraenses e confirmados (por diagnóstico laboratorial) 2030 casos de doença de Chagas aguda em 81 destes municípios no estado do Pará As análises laboratoriais dos pacientes demonstram danos hepáticos, com níveis plasmáticos das aminotransferases elevados, especialmente nos pacientes do sexo feminino, quando comparados aos valores controles. Com relação aos fatores de coagulação, distúrbios da hemostasia, compreendendo aumento nos níveis dos fatores de coagulação, foram registrados. Em conclusão, constatou-se um aumento progressivo nos casos de DCA no Estado do Pará, principalmente pela via de transmissão oral, segundo SINAN no período estudado. Além disso, nos pacientes com DCA, observamos níveis elevados de aminotransferases, o que demostra a presença de comprometimento hepático. Nestes pacientes também detectamos distúrbios nos níveis séricos de fatores de coagulação. No seu conjunto, o presente trabalho aponta para a necessidade de maior vigilância no que diz respeito à DCA por via oral, e para um aprofundamento sobre a fisiopalogia desta doença no que diz respeito a distúrbios de coagulação sanguínea, incluindo hemorragias