Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Vizzoni, Alexandre Gomes |
Orientador(a): |
Saraiva, Roberto Magalhães,
Brasil, Pedro Emmanuel Alvarenga Americano do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26508
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Resumo: |
Fundamentos: Estima-se em 8 a 10 milhões o número de indivíduos em toda América Latina com doença de Chagas, cuja forma clínica predominante é a forma indeterminada, presente em 50 a 70% dos casos. As razões que alguns pacientes desenvolvem formas clínicas diferentes ou permanecem assintomáticos não são claras. Acredita-se que marcadores imunogenéticos teciduais influenciam o tropismo de Trypanosoma cruzi em diferentes órgãos. Sistemas ABO e outros grupos sanguíneos expressam uma variedade de antígenos de carboidratos nos tecidos que influenciam a susceptibilidade ou resistência a doenças. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar a associação dos sistemas ABO, Rh, Kell, Kidd, Duffy, MNS e as formas clínicas da doença de Chagas. Pacientes e métodos: Tratou-se de pesquisa descritiva e transversal, onde foram avaliadas as informações relacionadas a dados demográficos, socioeconômicos, fenotipagens eritrocitárias e comorbidades associadas à doença de Chagas de pacientes cadastrados no INI-Fiocruz entre 2013 a 2016 Resultados: Foram estudados 619 pacientes. A média de idade dos pacientes foi de 60,1±12,1 anos, com 56,9% do sexo feminino. A distribuição dos pacientes por faixa etária nas diferentes regiões do país revela que a coorte do INI está mudando seu perfil, com prevalência de indivíduos mais jovens ente 18 a 44 anos (p<0,001) oriundos dos estados do Ceará (36,5%), Paraíba (18,9%) e Rio de Janeiro (12,2%) e pacientes mais idosos oriundos de Pernambuco (16,8%), Minas Gerais (25,0%) e Bahia (30,0%). Foi encontrada diferença significativa para a distribuição da prevalência do sistema ABO entre pacientes com forma indeterminada e digestiva (p= 0,008). Não houve diferenças significantes na distribuição da prevalência dos demais sistemas sanguíneos entre as formas clínicas da doença de Chagas. Conclusão: Foi encontrada diferença significativa para a distribuição da prevalência do sistema ABO entre pacientes com forma indeterminada e digestiva. Não houve diferenças significantes na distribuição da prevalência dos demais sistemas sanguíneos entre as formas clínicas da doença de Chagas. Há mudança no perfil epidemiológico da coorte acompanhada no INI já que entre mais jovens predominam pacientes de Ceará, Paraíba e Rio de Janeiro e não mais Bahia e Minas Gerais o que reflete as ações de controle da transmissão da doença de Chagas. |