Avaliação da variabilidade da frequência cardíaca de idosos diabéticos e não diabéticos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ribeiro, Ícaro José Santos
Orientador(a): Reis, Mitermayer Galvão dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7643
Resumo: INTRODUÇÃO: O cenário de envelhecimento populacional e o aumento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) requer o desenvolvimento e validação de métodos diagnóstico e de ferramentas não invasivas para identificação de fatores de risco e estadiamento destas doenças. Entre estes métodos evidencia-se a análise da modulação autonômica do coração por meio da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC). OBJETIVO: Analisar a variabilidade da frequência cardíaca de idosos diabéticos (DM+) e não diabéticos (DM–) residentes em um município baiano; avaliar a resposta da variabilidade da frequência cardíaca na realização da manobra de levantar-se rapidamente. MÉTODOS: estudo epidemiológico transversal, de abordagem censitária. Desenvolvido com 205 idosos da zona urbana do munícipio de Aiquara-BA, após aplicação os critérios de inclusão e exclusão. Os dados da VFC foram coletados através do monitor Polar RS800CX, com registro inicial de 5 min em repouso, seguido por comando de levantar-se rapidamente para avaliação da razão 30:15. Para análise dos dados, as variáveis categóricas foram apresentadas em frequências (relativa e absoluta), enquanto variáveis contínuas, através de médias e medianas, desvio-padrão e intervalo interquartil. Foram realizados testes de comparação de proporções (chi quadrado ou exato de Fisher) e de mediana (Mann-Whitney). RESULTADOS: A média de idade foi de aproximadamente 71 anos (±7,32 dp). A população foi em sua maioria constituída por mulheres 59,1%, de baixa ou nenhuma escolaridade 60,0% e baixa renda 81,0%. A análise da VFC no domínio da frequência não evidenciou diferença quando comparados os grupos de DM+ e DM–. Doravante, no domínio do tempo, o rMSSD apresentou mediana de 16,09 [IQR 9,91-30,68]; e o pNN50 mediana de 0,79 [IQR 0,00-6,62], havendo diferença estatisticamente significante entre o grupo de DM+ e DM– (p<0,05). Como observado para os índices de atividade parassimpática em repouso, a razão 30:15, o índice de atividade parassimpática durante uma condição dinâmica, mostrou uma diferença significativa entre DM + e DM - idosos (p <0,05). CONCLUSÕES: A análise da VFC entre os grupos evidenciam a possibilidade de degeneração do ramo parassimpático no grupo DM+ pela diminuição nos parâmetros do tempo e a razão 30:15. Isso pode representar repercussões graves no sistema cardiovascular, uma vez que os índices reduzidos nestes indivíduos indicam uma menor cardioproteção.