Avaliação das intoxicações acidentais humanas causadas por produtos saneantes domissanitários como subsídio para ações de vigilância sanitária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Presgrave, Rosaura de Farias
Orientador(a): Villas Bôas, Maria Helena Simões, Camacho, Luiz Antonio Bastos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8244
Resumo: No Brasil, a ingestão de produtos de limpeza domésticos (saneantes domissanitários) e a principal causa de intoxicações não intencionais, afetando principalmente crianças de ate 5 anos de idade. A falta de conhecimento sobre a toxicidade dos produtos poderia ser considerada um fator determinante destas injúrias, uma vez que determinaria a adoção de medidas preventivas pelas famílias para evitar acidentes. Considerando que é dever do Estadoprevenir riscos a saúde da população, este trabalho teve como objetivos avaliar a comunicação do risco realizada através da rotulagem dos produtos saneantes, determinar o perfil dos casos de intoxicação não intencionais, avaliar as legislações normativas que regulamentam estes produtos, avaliar os dados de exposição humana registrados nos Centros de Controle de Intoxicações (CCIs) e verificar a percepção de risco da população, identificando comportamentos individuais que podem influenciar a exposição humana. Os resultados obtidos indicam que a rotulagem dos produtos estudados não fornece todas as informações para garantir a segurança da população, principalmente as relativas ao perigo inerente ao produto. Os casos de intoxicação não intencional ocorreram principalmente com meninos entre 1 e 2 anos de idade, devido a ingestão de alvejantes a base de hipoclorito de sódio, derivados de petróleo, raticidas e pesticidas. A estocagem incorreta foi a principal causa dos acidentes, seja pelo produto estar ao alcance da criança ou armazenado em embalagem de produto inofensivo. [...] O estudo conclui que são necessários programas educacionais a fim de evitar estes eventos, que apesar de serem caracterizados pela baixa fatalidade, possui alta morbidade, gerando gastos, principalmente, aos serviços do setor publico para atendimento de emergências médicas.