Perfis de vulnerabilidades de pacientes internados por SRAG/COVID-19 no Estado do Amapá segundo regiões de Fronteira Internacional, Municípios do Interior e Região Metropolitana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Edcarlos Vasconcelos da
Orientador(a): Barcellos Neto, Christovam de Castro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56683
Resumo: Com a chegada no Brasil da pandemia de COVID 19 motivada pelo surgimento do SARS CoV 2, o sistema de saúde do país foi impactado de Norte a Sul do território brasileiro, revelando um cenário de iniquidades especialmente nas regiões mais pobres como Norte e Nordeste. O estado do Amapá não se diferenciou da situação nacional e chegou a ocupar uma das maiores taxas de incidências de COVID 19 do Brasil. As ofertas dos serviços de saúde para COVID 19 se concentraram na região Metropolitana de Macapá e Santana, que recebeu inúmeros pacientes dos demais municípios do estado bem como de alguns municípios do Pará. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi o de caracterizar a letalidade hospitalar por SRAG/COVID 19 ocorrida em internações no estado do Amapá, segundo regiões de Fronteira Internacional, Municípios do Interior e região Metropolitana destacando grupos de vulnerabilidades e relacionando com Determinantes Sociais da Saúde. A metodologia consistiu em uma pesquisa transversal de caráter retrospectivo descritivo e de abordagem quantitativa, com uso de banco de dados secundários da Síndrome Respiratória Aguda Grave SRAG, disponibilizado pelo Ministério da Saúde por meio do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe SIVEP GRIPE, correspondente aos pacientes positivados para COVID 19 e internados em todo estado do Amapá. As variáveis foram agrupadas em quatro dimensões: Epidemiológicas, Demográficas, Saúde e Socioeconômicas. Dados de Determinantes Sociais da Saúde foram levantados da Síntese de Indicadores Sociais SIS, da projeção de população, do censo de 2010, da Pesquisa Nacional de Saúde, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, e da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. Os resultados evidenciaram que a raça/cor que mais necessitou de internação foi a parda na Fronteira Internacional FI (63.54%), Municípios do Interior MI (77.21%), Municípios do Pará (74.61%) e Região Metropolitana MP (70.38%), assim como baixa escolaridade nas regiões de FI (67.54%), MI (49.05%) e MP (70.5%). A letalidade hospitalar foi estimada em FI (8.9%), MI (36.6%), MP (32.3%) e RM (32.1%) e a letalidade em leito de UTI foi de FI (42.4%), MI (71.3%), MP (70.3) e RM (62.3%). Pacientes em fluxo vindo dos municípios para a capital levaram um tempo maior para buscar atendimento e contribuíram para o afogamento de leitos na capital do estado. Como conclusão, verifica se que as populações mais vulneráveis para exposição da doença foram indígenas (FI), idosos de 60 anos ou mais (todas as regiões) e pacientes em fluxo (todas as regiões interioranas).