Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pastura, Danielle Cristina Lourenço dos Santos |
Orientador(a): |
Guimarães, Raphael Mendonça |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59009
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Resumo: |
A pandemia de COVID-19 não impactou e, ainda hoje, não impacta a população de forma homogênea. No Brasil, a questão da raça apresenta-se como um importante diferencial nos eventos de saúde, incluindo os desfechos associados à COVID-19. Observou-se, ao longo da pandemia, um padrão de letalidade mais elevado entre a população negra. Considerando que os fatores mais importantes para agravamento da doença no Brasil são, em ordem de relevância, a idade, os fatores socioeconômicos e, somente então, a presença de comorbidades e que os negros brasileiros apresentam condições socioeconômicas muito piores do que às da população branca, pode-se entendê-los como parte de um grande grupo de risco para agravamento da COVID-19. Além disso, sabidamente negros apresentam maiores dificuldades de acesso aos serviços de saúde, de modo que muitas vezes sequer sabem ser portadores de comorbidades potencialmente agravantes à COVID-19, ou apresentam menor possibilidade de controlá-las. Não obstante, o racismo intrínseco, institucional e estrutural, um determinante social da saúde demonstrado a partir de diversos indicadores, dentre os quais as taxas de mortalidade da população negra, mostra-se presente em todos os níveis de atenção à saúde brasileiros, em suas mais diversas instâncias. Deste modo, este trabalho objetiva analisar o diferencial de raça para a sobrevida por COVID-19 entre as hospitalizações ocorridas no município do Rio de Janeiro durante a pandemia. Foi elaborada uma de análise de sobrevida a partir da seleção de notificações de síndrome respiratória aguda grave por COVID-19 feitas no município do Rio de Janeiro entre a data do primeiro óbito registrado no Brasil e a decretação do fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, a fim de avaliar os tempos entre manifestação de primeiros sintomas e internação; internação e desfecho (óbito); e manifestação de primeiros sintomas e desfecho (óbito), correlacionando-os à variável de interesse da raça e às covariáveis de idade; sexo; presença ou ausência de multimorbidades; presença ou ausência de sinais/sintomas maiores no momento da notificação; ser residente ou não no município do Rio de Janeiro; ser morador de área urbana ou rural; ter necessitado de internação em UTI ou não. Com isso, espera-se caracterizar os casos hospitalares por COVID-19 no Rio de Janeiro segundo variáveis sociodemográficas e clínicas, descrever o percurso entre sintomatologia inicial e desfecho dos pacientes hospitalizados que evoluíram para óbito, analisar a probabilidade de sobrevivência em pacientes internados segundo raça/cor de pele; associar aspectos da determinação social de saúde à sobrevida dos pacientes hospitalizados. |