Ciência, nação e região: as doenças tropicais e o saneamento no Estado do Amazonas (1890-1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Schweickardt, Júlio César
Orientador(a): Lima, Nísia Trindade
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3982
Resumo: O objetivo da tese é refletir sobre as atividades de saneamento no Estado do Amazonas no período da Primeira República no Brasil. O momento coincide com o auge e o declínio da economia da borracha, fazendo da Região um importante centro de repercussão da cultura e das idéias científicas. Analisamos como as idéias da medicina tropical foram apropriadas por médicos do Amazonas e como foram colocados em prática os princípios daquela disciplina, com o objetivo de realizar a profilaxia da febre amarela e da malária. Essas duas endemias mobilizaram os diversos atores em torno das teorias, que debatiam sobre os mecanismos de transmissão e sobre as formas de combater e controlar os vetores. Diferentes comissões atuaram no Amazonas nesse período, que envolveram: médicos,cientistas e engenheiros de Manaus, da Capital Federal e de Instituições internacionais. A única comissão que realizou o saneamento do interior do Estado foi o Serviço de Saneamento e Profilaxia Rural, que transformou o posto rural em posto itinerante. O saneamento do Amazonas foi proposto e realizado por estas diferentes comissões, que teve como pano de fundo o ambiente e o regime das águas: na capital os igarapés, e no interior a imensa rede de rios e lagos. O Amazonas, nesse período, constituiu-se, portanto, em uma espécie de laboratório para a pesquisa e a experimentação das idéias científicas correntes. A região, em relação à nação, afirmou a sua autonomia e a sua identidade, através da ação dos médicos e cientistas que refletiram sobre a o saneamento do Estado.