Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Ana Carolina Padula Ribeiro |
Orientador(a): |
Koifman, Rosalina Jorge,
Bergmann, Anke |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24497
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Resumo: |
O câncer de mama é a principal neoplasia entre mulheres. No Brasil, seu diagnóstico é ainda realizado de maneira tardia, demandando a necessidade de realização de tratamentos mais agressivos. Desta forma, são observadas complicações do tratamento, tais como o linfedema, a restrição da amplitude de movimento do ombro, alterações sensitivas, entre outras, que podem afetar a funcionalidade dessas mulheres. A atividade física tem sido referida como um benefício para as mulheres portadoras de câncer de mama em diferentes estágios da doença. Objetivo: Determinar a magnitude do linfedema e as características de prática de atividade física e funcionalidade em pacientes submetidas a tratamento cirúrgico para o câncer de mama noINCA/Rio de Janeiro, após 10 anos de seguimento pós-operatório. Métodos:Estudo observacional prospectivo em uma coorte hospitalar de 965 mulheres submetidas a linfadenectomia axilar para tratamento cirúrgico para o câncer de mama e outro estudo estudo seccional dentro desta coorte (n=197). As mulheres foram avaliadas em diferentes momentos após a cirurgia, sendo a última avaliação realizada após 10 anos do procedimento cirúrgico. Neste momento, as mulheres foram submetidas ao exame físico e entrevista, esta incluindo os questionários Disabilities of the arm and shoulder (DASH) para funcionalidade e o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). O linfedema foi definido através da volumetria indireta, considerando a diferença de 200 mL entre os membros superiores ou a realização de tratamento para o mesmo. Foram realizadas estatísticas descritivas e também para avaliar diferenças entre os grupos, de acordo com as características de cada objetivo. Resultados: Após 10 anos de seguimento, foi observada a uma incidência cumulativa de linfedema de 47,1%. O modelo preditor de risco de desenvolvimento de linfedema incluiu as variáveis: radioterapia incluindo as cadeias de drenagem, obesidade no momento da cirurgia, formação de seroma pós-operatório e pelo menos um episódio de síndrome da rede axilar em qualquer momento do seguimento. Ao analisar o DASH, foi observado um escore médio de 13,42 (DP±15,73) e através do IPAQ, 21,1% foram classificadas como baixa frequência de atividade física, 29,7%, como frequência moderada e 49,2% como alta frequência. O modelo final demonstrou que a obesidade no momento da cirurgia, a presença de parestesia no trajeto do nervo intercostobraquial, a diminuição da amplitude do movimento de abdução e a presença de dor na avaliação de 10 anos estão associadas à pior funcionalidade. Conclusões: Após 10 anos de seguimento desta coorte é possível observar que as mulheres ainda apresentam diferentes tipos de complicações oriundas do tratamento. Desta forma, se faz necessário adotar medidas preventivas para minimizar a sua ocorrência e, também, o impacto na capacidade de desenvolver atividades da vida diária e na qualidade de vida dessas mulheres. |