Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Liarte, Daniel Barbosa |
Orientador(a): |
Romanha, Alvaro José,
Murta, Silvane Maria Fonseca |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4039
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Resumo: |
Nesse trabalho, descrevemos a busca por marcadores moleculares que permitam simultaneamente o diagnóstico da doença de Chagas e a classificação das cepas segundo o fenótipo de susceptibilidade a drogas, zimodema e/ou grupos I e II do T. cruzi. Inicialmente, selecionamos seqüências repetitivas do DNA do T. cruzi e iniciadores descritos para o diagnóstico da doença de Chagas. Analisamos as seqüências do elemento repetitivo E13, kDNA e o DNA satélite (195 pb). Os resultados com o elemento repetitivo E13 e seqüências do kDNA, mostraram uma grande variabilidade dessas seqüências, inviabilizando a busca de marcadores. Analisamos 160 seqüências do DNA satélite de 195 pb de 12 cepas do T. cruzi previamente caracterizadas segundo o fenótipo de susceptibilidade a drogas e zimodema. Estudos de filogenia mostraram a existência de dois grupos distintos, associados com os grupos I e II do T. cruzi. Observamos a presença de 8 polimorfismos exclusivos das cepas do grupo I do T. cruzi. Desenhamos iniciadores específicos para estes polimorfismos. Um sistema de PCR multiplex constituído pelos iniciadores TcSat 4 e Diaz 7 e 8 permitiram a classificação das cepas de T. cruzi nos grupos I e II. A sensibilidade foi de 10 fg, o que corresponde a 1/30 do DNA de um parasito. Amostras de DNA de outros tripanosomatídeos não produziram produto amplificado. Comparamos o perfil de amplificação do DNA satélite de 30 cepas de T. cruzi e 24 amostras de sangue de camundongos experimentalmente infectados com as cepas Colombiana (grupo I) e Y (grupo II) em papel de filtro. Em todas as amostras positivas foi possível a identificação dos grupos I e II. Para validarmos a técnica com amostras de campo, utilizamos 7 amostras de DNA do creme leucocitário de pacientes na fase aguda da doença de Chagas e 15 amostras de fezes de Triatoma infestans em papel de filtro. As amostras de pacientes foram grupo II e as amostras de T. infestans grupo I. Esses resultados estão de acordo com os dados descritos na literatura que mostram uma associação entre cepas do grupo I do T. cruzi e o ciclo silvestre do parasito e entre cepas do grupo II e o ciclo doméstico. O PCR multiplex que desenvolvemos permite a classificação das cepas nos dois grupos principais de T. cruzi sem, entretanto correlacioná-las à resistência a drogas. Apresentamos uma metodologia sensível, específica e rápida que poderá ser utilizada em amostras clínicas e de campo como ferramenta de diagnóstico molecular e classificação das cepas de T. cruzi. |