Prevenção ao uso de drogas no espaço escolar: possibilidades para a formação de professores da educação básica pela perspectiva contra-hegemônica

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Loureiro, Walk
• Orientador(a): Queiroz, Paulo Pires de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60730

A tese discute a prevenção ao uso de drogas que pode ser realizada no espaço escolar mediante um estudo realizado com docentes da Rede Municipal de Educação de Cariacica, município do estado do Espírito Santo. Ante a pergunta de partida “Em que sentido é possível construir uma formação de professores que favoreça a prevenção ao uso de drogas em escolas da Rede Municipal de Educação de Cariacica?”, buscou-se analisar os conhecimentos dos professores investigados acerca das drogas, no intuito de propor a construção de uma formação de professores que favorecesse prevenção ao uso de drogas por parte de seus alunos. A metodologia empregada foi a qualitativa e envolveu os métodos do diário de campo e da observação das unidades escolares investigadas, as entrevistas com os gestores das escolas, a pesquisa documental da legislação e das orientações educacionais existentes sobre drogas e rodas de conversa com os professores. Entre os resultados obtidos com sua realização, é possível destacar que: (1) a falta de orientações e normas curriculares nacionais acerca da prevenção ao uso de drogas é um problema que precisa ser superado por meio da construção de uma proposta curricular que leve em conta a emergente produção contra-hegemônica sobre drogas, usos e prevenção; (2) os professores e os gestores ainda apresentam muitos estereótipos acerca dos usuários de drogas e dos motivos que podem levar as pessoas a experimentar drogas, sendo preciso auxiliá-los na eliminação desses preconceitos; (3) o sentimento de despreparo e os receios para lidar com o fenômeno das drogas identificados entre a maioria de gestores e docentes podem ser superados mediante o investimento em uma formação de professores que amplie os conhecimentos desses sujeitos a partir do que já existe de consolidado na produção científica contra-hegemônica sobre drogas. Conclui que a formação de professores sobre drogas sozinha não dá conta de resolver por si só esse fenômeno na sociedade, sendo preciso investir na construção de programas de formação que deem respostas às principais dificuldades e queixas sobre drogas identificadas por esses sujeitos em seu cotidiano docente. Também acredita-se ser plenamente possível a construção de um programa de formação de professores capaz de favorecer a prevenção ao uso de drogas e servir de auxílio no entendimento de que a prevenção ao uso de drogas bem feita não é aquela que exclui e julga seus alunos, mas a que acolhe, escuta e os aconselha