Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Francisco José Figueiredo |
Orientador(a): |
Monteiro, Simone Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/33230
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Resumo: |
Estudos nacionais e internacionais têm atestado as limitações e o insucesso das abordagens proibicionistas sobre drogas, centradas na repressão ao consumo. Desde 1998, os Parâmetros Curriculares Nacionais sobre saúde sinalizaram que a prevenção ao uso indevido de entorpecentes deveria ser abordada transversalmente aos conteúdos programáticos tradicionais. No entanto, dados da literatura, somados à prática docente do pesquisador, revelam as dificuldades dos professores em desenvolver atividades educativopreventivas sobre drogas e a carência de cursos de formação sobre o tema, capazes de estimular tais ações. Diante desse cenário, este estudo teve o propósito de elaborar e implementar um curso de educação à distância sobre drogas para professores, bem como investigar em que medida ele fomentou o desenvolvimento de espaços de diálogo e aprendizagem sobre o assunto nas escolas. Trata-se de um estudo qualitativo que envolveu: (1) revisão documental e bibliográfica nas áreas de ensino/educação, saúde e drogas; (2) desenvolvimento e implementação do curso a distância com professores do ensino fundamental e médio, com duração de 12 semanas, realizado em parceria com a Fundação CECIERJ; (3) análise das visões dos cursistas sobre o conteúdo e metodologia do curso e seus efeitos na proposição de ações educativas sobre o tema na comunidade escolar A análise dos resultados teve por base: as respostas dos questionários, os registros dos fóruns online e cinco entrevistas individuais, feitas três meses após o término da formação. Foram investigados 51 docentes com formações diversificadas, sendo a maioria do gênero feminino (77,5%) e na faixa etária de 30 a 49 anos. Grande parte dos cursistas se declarou motivada pelo curso e avaliou a formação como muito boa em relação aos conteúdos apresentados e a abordagem pedagógica, centrada na perspectiva dialógica, participativa e colaborativa. Os recursos educativos utilizados no curso foram descritos como sugestivos e aplicáveis em sala de aula. Quanto às dificuldades para acompanhar o curso foram referidos problemas para gestão do tempo e imprevistos particulares e de saúde. Especialmente nas entrevistas, foi registrada a dificuldade de realizar projetos em parceria dentro e fora das escolas, o que compromete uma abordagem mais integradora do tema. Com base nos resultados, pretende-se aperfeiçoar o curso e reproduzi-lo, visando contribuir com uma alternativa de formação docente gratuita sobre drogas, com enfoque na Redução de danos, capaz de subsidiar ações educativas e preventivas no contexto escolar. |