Atenção primária em saúde e mobilidade populacional na favela da Rocinha, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Streit, Mariana Brandão
Orientador(a): Marcondes, Willer Baumgarten
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24414
Resumo: Esta dissertação trata da atenção primária em saúde (APS) e da mobilidade populacional na Favela da Rocinha, comunidade que tem como característica ser composta em grande parte por imigrantes nordestinos, e ter intensa mobilidade populacional. Sendo a Estratégia da Saúde da Família pautada na adscrição territorial da população, este estudo busca analisar como são prestados cuidados primários em saúde em três equipes de Saúde da Família face à mobilidade populacional na Favela da Rocinha. Trata-se de pesquisa qualitativa de tipo exploratório, que utiliza três técnicas para coleta dos dados: a observação participante, o grupo focal, e a entrevista semiestruturada. Análise do material foi feita com base em Bardin (1979), e as categorias se transformaram em capítulos sobre a dinâmica de mobilidade na Favela, e sobre o cuidado em APS a partir dos atributos de Starfield (2002). A adscrição territorial da população apareceu como barreira para o alcance dos atributos, principalmente acesso e longitudinalidade. Para garantia de acesso e longitudinalidade muitos moradores apresentam diferentes endereços. A falta de integração no sistema de prontuários eletrônicos apareceu como principal fator que dificulta a coordenação do cuidado. As equipes que se aproximaram mais da orientação dos atributos da APS foram as que flexibilizaram as regras da adscrição. Sugere-se que as equipes utilizem mais a competência cultural e a orientação na comunidade a fim de que o cuidado seja oferecido a partir das necessidades da população, e que a fronteira da adscrição não seja empecilho para acesso e longitudinalidade.