Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Raizaro, Ana Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-10042023-131947/
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Resumo: |
A Estratégia de Saúde da Família (ESF) é uma estratégia prioritária para a reorganização da Atenção Primária a Saúde (APS) no Brasil. A APS é considerada como a principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS). Desde março de 2020, quando o estado pandêmico foi declarado, a cidade de Ribeirão Preto reorganizou as suas ações de saúde para combater esta doença. As unidades de saúde foram aconselhadas a cancelar consultas de rotina, visitas domiciliares, e a manter uma agenda protegida para pré-natal, puerpério, cuidados infantis (até um ano de idade), doenças crónicas descompensadas, citologia, mamografia e exames alterados. A reorganização potencializou a identificação e gestão dos casos de COVID-19. Durante este período, foi realizado um inquérito epidemiológico na cidade para estimar a prevalência de infecções por SARs-CoV-2, e foi identificada a oportunidade de incluir questões relacionadas à APS. O objetivo deste estudo é comparar as modalidades de APS (equipe SF versus equipe AP) em relação a características sociodemográficas, condições de saúde autorreferidas e afiliação aos serviços de saúde. Foi selecionada para o estudo uma amostra aleatória de setores censitário e domicílios. Em cada distrito sanitário, o número de participantes foi proporcional à dimensão da população. A população do estudo era constituída por indivíduos com mais de 28 dias de vida, residentes na zona urbana de Ribeirão Preto. Durante a primeira fase do estudo, foram entrevistados 714 pacientes; durante a segunda fase, foram entrevistados 643 pacientes, 71 pacientes foram perdidos e excluídos da análise. Na segunda fase, foi aplicado um questionário sociodemográfico complementar, contendo perguntas sobre a utilização e a afiliação dos usuários aos serviços de saúde, utilizando o PCATool como referência. Qui quadrado, Fisher e razão de prevalência foram as análises realizadas, utilizando o software R versão 4.1.1 (2021). Observou-se uma preponderância feminina em relação à população padrão. A maioria dos participantes tinha entre 40 e 69 anos de idade, e apenas uma pequena percentagem era analfabeta ou não instruída. Observamos uma proporção invertida em relação às projeções do IBGE, indicando que a maioria dos participantes no estudo não dependem do SUS. O número de participantes abrangidos pelas equipes AP (eAPs) é superior ao das equipes SF (eSFs). Os médicos privados ou planos de saúde eram os principais prestadores de cuidados de saúde, seguidos pelas unidades básicas e depois pelo pronto atendimento. Ao observar o serviço principal como unidade de saúde, a probabilidade de um indivíduo usar esse serviço é maior em unidades exclusivas de eSFs do que em unidades exclusivas de eAPs. As eSFs têm a maior proporção de participantes que sabem identificar a unidade mais próxima da sua residência ou que já a utilizam. Estes resultados indicam principalmente que os entrevistados pertencentes às áreas de abrangência das eSFs apresentam melhores conhecimentos sobre a localização das unidades de saúde e relatam um melhor vínculo com elas. Isto pode ter implicações diretas para os cuidados de saúde desta população, bem como melhores indicadores, destacando a ESF como principal estratégia para a reorganização da atenção primária no Brasil. |