Até onde investir no paciente grave?: decisões envolvendo a prática médica na UTI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Rodriguez Uller, Alessandra
Orientador(a): Guilam, Maria Cristina Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4756
Resumo: As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a partir da utilização de tecnologia sofisticada e emprego de metodologias criadas para aferir e controlar as variáveis vitais, são responsáveis pela manutenção e prolongamento da vida, por vezes, além do desejado ou indicado para certos pacientes. Frente a real possibilidade de adiar o momento da morte, cada vez mais as equipes de saúde da UTI se deparam com questões éticas, morais, religiosas e até judiciais, que tornam o trabalho realizado neste setor por vezes difícil, complexo e desgastante. A grande dúvida para estes profissionais parece ser até quando investir em tratamentos e quando interrompê-los. O presente estudo procurou conhecer, através de entrevistas e observação participante, como os médicos intensivistas responsáveis pela rotina de uma UTI lidam com questões por eles mesmos qualificadas como dilemas e identificar os aspectos da organização de trabalho que, por ventura, facilitam ou dificultam este enfrentamento. Os resultados revelam a angústia do médico intensivista em tomar decisões solitariamente e ao mesmo tempo a dificuldade na criação de espaços de discussão e compartilhamento das condutas. Questões como a relação dos médicos com as famílias dos pacientes, a interação com outros membros da equipe, as inadequações da formação médica para lidar com a morte foram discutidas, bem como as motivações e perspectivas profissionais futuras.