Caracterização imunofenotípica em linfócitos do sangue periférico de pacientes portadores de leishmaniose tegumentar americana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Castro, Maria Carolina Accioly Brelaz de
Orientador(a): Pereira, Valéria Rêgo Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60905
Resumo: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença observada em todo Brasil. Em Pernambuco é incidente em todas as regiões, sendo a L. (V.) braziliensis o agente etiológico de maior prevalência. A LTA pode causar desde lesões cutâneas localizadas até lesões mucocutâneas, resultantes da interação parasito-hospedeiro-vetor. A susceptibilidade ou resistência à doença é dependente das respostas de células T, caracterizadas pelo aumento de células T CD4+, apresentando um perfil de citocinas Th1 ou Th2. Já os linfócitos T CD8+ estão relacionados com os mecanismos imunoprotetores na LTA. Nesse estudo, os objetivos foram caracterizar imunofenotipicamente os linfócitos T do sangue periférico de 17 pacientes antes do tratamento, 11 após o tratamento e 5 curados espontaneamente. Além disso, caracterizar também a produção das citocinas IL-10, IL-4, TNF-α e IFN-γ em culturas de PBMC após estimulação com as frações antigênica solúvel e insolúvel de L. (V.) braziliensis. Os resultados mostraram que ambas as frações antigênicas foram capazes de induzir uma resposta imune específica. Não ocorreram modificações significativas no perfil fenotípico ex vivo das células T CD3+, CD4+ e CD8+; entretanto, células T CD25+ se mostraram significativamente aumentadas. Foi observada uma imunossupressão temporária na fase inicial da leishmaniose, com presença significativa das citocinas IL-10 e IL-4 e de células T CD4+, sugerindo a sua ligação com a progressão da doença. Após o tratamento ou cura espontânea, o padrão imunológico observado indicou a existência de células T de memória com uma resposta do tipo 1, com produção de TNF-α, IFN-γ e a presença significativa de células T CD4+ e CD8+. Além disso, a produção significativa de IL-10 nas culturas e o perfil de células T CD25+ nos ensaios ex vivo, sugere a existência de mecanismos de imunoregulação. Sendo assim, essa resposta das células T após o tratamento ou a cura espontânea parece estar associada com a cura e/ou proteção na LTA.