Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Philipe Faria |
Orientador(a): |
Almeida, Maria da Conceição Chagas de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50397
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Doenças cardiovasculares (DCV) representam um conjunto de doenças que acometem o coração e os vasos sanguíneos e estão entre as principais causas de hospitalizações e mortes o país. Apesar de prevenível, a morbimortalidade por DCV é elevada. A gestão dos fatores de risco e controle adequado da doença podem ser influenciados pela autoavaliação que os indivíduos têm da sua saúde. Estudos têm demonstrado que a autoavaliação de saúde (AAS) é um importante preditor de morbimortalidade. Logo, este estudo tem por objetivo avaliar a associação entre a ocorrência de eventos cardiovasculares autorreferidos e autoavaliação de saúde. MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal, com os dados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA-Brasil (2008-2010). A variável independente principal foi evento cardiovascular autorreferido. Para este estudo foram considerados eventos cardiovasculares: acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio (IAM) e insuficiência cardíaca (IC). Sexo, idade, escolaridade, estilo de vida e comorbidades, como diabetes e hipertensão arterial foram as covariáveis. A variável dependente foi autoavaliação de saúde. Para caracterização dos participantes foram calculadas frequências absolutas e relativas. Teste Qui-quadrado de Pearson foi realizado para verificar as diferenças entre os grupos. Regressão logística simples e multivariada com seleção backward foi realizada para investigar a associação entre eventos cardiovasculares autorreferidos e autoavaliação de saúde. Para verificar a bondade de ajuste do modelo foi realizado teste lfit e área sob a curva ROC. RESULTADOS: A frequência de autoavaliação de saúde (AAS) ruim foi 19,8%. A chance de ter AAS ruim foi maior entre os indivíduos com histórico de AVC (OR:3,22 [2,15-4,82]), IAM (OR:5,77 [3,81-8,75]) e IC (OR:4,91 [3,36-7,16]) quando comparado com indivíduos que não relataram essas doenças. Após ajuste para condições socioeconômicas, condições de saúde e estilo de vida, o histórico de pelo menos um evento cardiovascular autorreferido permaneceu associado a AAS ruim entre homens (OR:1,81 [1,46-2,25]) e mulheres (OR:2,04 [1,61-2,58]). CONCLUSÃO: Esses resultados reforçam a importância da adoção de hábitos de vida saudável, controle adequado das condições de saúde preexistente para redução do risco de eventos cardiovasculares e para melhoria da autoavaliação de saúde. |