Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Aquino, Lidiane Castro Duarte de
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Orientador(a): |
Cruz, Danielle Teles da
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Banca de defesa: |
Constantino, Patrícia
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Paula, Janice Simpson de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11775
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Resumo: |
Aproximadamente 5% da população prisional brasileira é composta por mulheres e a taxa de encarceramento feminino tem crescido exponencialmente nos últimos anos, tornando-se proporcionalmente maior quando comparada à taxa de encarceramento masculino. A maior parte das mulheres privadas de liberdade apresenta situação prévia de vulnerabilidade social, que repercute no processo de adoecimento, e o encarceramento tende a potencializar essas questões, refletindo de forma prejudicial nas condições de saúde, seja no aspecto do bem-estar físico, mental ou social. A autoavalição do estado de saúde é um preditor de morbi-mortalidade e importante indicador de saúde e qualidade de vida das populações. Por ser um avaliador robusto e multidimensional, sua aplicação no contexto do encarceramento parece particularmente útil. Assim sendo, o objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência da autoavaliação ruim do estado de saúde e os fatores associados em mulheres acauteladas em uma unidade prisional de Juiz de Fora – MG. Trata-se de um estudo transversal, realizado por meio de censo, com participação de 99 mulheres acauteladas no Anexo Feminino Eliane Betti, em Juiz de Fora – MG. A coleta de dados foi realizada entre os meses de setembro de 2019 e fevereiro de 2020. Foram elegíveis todas as mulheres com no mínimo 30 dias de reclusão, independente do regime penal. O instrumento de coleta de dados foi composto por questões semiestruturadas e por escalas padronizadas, sendo organizado em três grandes blocos temáticos: Bloco 1 – Características socioeconômicas e demográficas; Bloco 2 – Condições de saúde e Bloco 3 – Condições de vida na unidade prisional. Os dados foram processados em um banco de dados criado por meio do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 15.0, sendo o nível de significância do estudo de 5%. As participantes foram classificadas de acordo com a autoavaliação do estado de saúde. Para a análise dos fatores associados ao desfecho, foi construído um modelo teórico de determinação com três blocos hierarquizados de variáveis. Foram estimadas razões de prevalência brutas, por meio do teste Qui-quadrado (χ²), e ajustadas por regressão de Poisson. A prevalência de autoavaliação ruim da saúde foi de 31,3% (IC95% = 22,8% - 40,9%). Configuraram-se como fatores de risco para autoavaliação ruim da saúde, a pior expectativa em relação às condições de saúde pós-encarceramento (RP ajustada = 4,82; IC95% 1,50–15,47), morbidade referida (RP ajustada = 4,11; IC95% 1,33– 12,65) e a presença de sintomas de ansiedade (RP ajustada = 15,20; IC95% 1,79- 128,92). Os dados revelam a ocorrência da autoavaliação ruim da saúde em aproximadamente um terço das detentas. Variáveis relacionadas às condições de saúde e do encarceramento mantiveram-se associadas ao desfecho. Estes resultados confirmam que a autopercepção da saúde está sob influência de diferentes aspectos, e reforçam que a saúde das mulheres encarceradas deve ser compreendida sob a ótica do conceito ampliado de saúde. Os achados deste estudo podem colaborar para o direcionamento de estratégias que contribuam para enfrentamento e minimização dos impactos sociais e à saúde física e mental, e que atendam de forma integral as mulheres encarceradas. |