Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Marinho, Vanessa Camacho |
Orientador(a): |
Miranda, Lilian |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49225
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Resumo: |
O movimento instaurado pela Reforma Psiquiátrica Brasileira traz em seu bojo a proposta de uma nova forma de acolhimento à loucura nos serviços substitutivos e na cidade. Em relação ao tratamento oferecido, passamos a nos balizar pela clínica proposta pela atenção psicossocial, que desde a sua implementação traz as marcas da diversidade em suas bases teóricas e metodológicas. Neste trabalho objetivamos analisar os pressupostos e estratégias clínicas que se fazem presentes nas discussões e práticas cotidianas dos profissionais de saúde que trabalham em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). A pesquisa é do tipo qualitativo exploratório e orientada pela hermenêutica filosófica, fazendo-se necessário que a conjuntura e as relações sócio-históricas fossem consideradas na análise do material colhido. Para tanto, foram realizadas entrevistas com as gestoras de um CAPS II localizado em Niterói, um período de quatro meses de observação participante realizada nas reuniões e supervisões de equipe e dois grupos focais com participantes que integravam a equipe deste serviço. A observação participante e os grupos focais foram realizados remotamente através de plataformas digitais devido à pandemia do COVID-19. A partir do CAPS estudado podemos identificar três vertentes clínicas que se apresentam de forma imbricada com maior frequência neste equipamento: psiquiatria tradicional vinculada à clínica biomédica, algumas diretrizes da psicanálise com enfoque individualizante e a reabilitação psicossocial, indicando a proposta de uma clínica ampliada. Podemos apontar os seguintes fatores como favoráveis à clínica operada em CAPS: escuta atenta aos aspectos singulares de cada sujeito, maior articulação com a rede intersetorial, espaços que favoreçam a discussão e a construção de uma clínica feita por muitos. Tendo em vista os impasses político-institucionais e a precarização do serviço que necessariamente exercem influências sobre as estratégias clínicas lançadas pela equipe, consideramos a pertinência do conceito winnicottiano de espaço transicional. Neste seria possível a construção de arranjos mais criativos para os empecilhos que se apresentam para a implementação da clínica da atenção psicossocial. |