Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Laís Picinini |
Orientador(a): |
Carvalho, Marília Sa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49670
|
Resumo: |
Nos últimos anos, os vírus da chikungunya e da Zika começaram a circular no Brasil, endêmico para dengue, criando um cenário de tríplice epidemia e impondo um enorme ônus ao sistema público de saúde. Transmitidas pelo Aedes aegypti, as distribuições espaçotemporais destas doenças são influenciadas por fatores que impactam a ecologia do mosquito. Assim, o objetivo principal foi analisar a distribuição espaço-temporal da dengue, da Zika e da chikungunya, em um cenário intraurbano, buscando a relação com fatores ambientais. Para tanto, foi utilizada uma abordagem ecológica tendo como unidade de análise os 160 bairros do município do Rio de Janeiro, entre 2015 e 2016. Foram obtidos as contagens de casos por semana e bairro do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, dados demográficos e ambientais do Instituto Pereira Passos e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e climáticos de estações meteorológicas. No primeiro artigo foram identificados os aglomerados espaço-temporais de dengue, Zika e chikungunya, entre Agosto de 2015 e Dezembro de 2016, utilizando a estatística de varredura de Kulldorff. Analisados separadamente, cada doença apresentou um comportamento diferente no espaço e tempo. Os aglomerados de casos de dengue e Zika foram observados em toda a cidade, porém os de Zika persistiram por períodos mais longos. Já os de chikungunya se concentraram na zona Norte e Centro. No segundo artigo foram utilizados fatores associados a uma epidemia de arbovirose para modelar a distribuição espaço-temporal da primeira epidemia de chikungunya no município, em 2016. Os modelos incluíram um componente aleatório espacialmente estruturado e para estimar o efeito da temperatura foi utilizada uma função de transferência, que inclui um efeito instantâneo além de um efeito que se propaga no tempo. A associação entre as demais covariáveis e o número de casos variou no tempo. A temperatura apresentou efeito de risco na maioria dos bairros. Em alguns bairros o efeito da temperatura se propagou por várias semanas, possivelmente indicando a presença do mosquito e transmissão da chikungunya durante todo o ano nestes locais. O índice de desenvolvimento social apresentou efeito protetor, principalmente no início da epidemia. O presente trabalho reuniu, de maneira inédita, análises espaço-temporais de dengue, Zika e chikungunya, em um cenário intraurbano e de tríplice epidemia. Foram utilizados métodos estatísticos que podem ser implementados na vigilância e modelos que podem contribuir para a identificação da relação entre arboviroses e variáveis ambientais e socioeconômicas em diferentes locais e períodos de tempo. |