Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Vonk, Angélica Cristina Roza Pereira |
Orientador(a): |
Bonan, Claudia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Fernandes Figueira
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8007
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Resumo: |
Este estudo analisou as experiências de adolescentes escolares do Município de Silva Jardim, Estado do Rio de Janeiro, no que se refere à vida afetivo-sexual, à reprodução e aos cuidados com a saúde sexual e reprodutiva. Método: Trata-se de um estudo transversal com 200 escolares de ambos os sexos, de quatro escolas públicas, com idades de 15 a 19 anos. Os dados foram coletados por meio de questionário estruturado, que continha questões sociodemográficas e familiares, além de perguntas sobre a vida afetiva, o início da vida sexual, as práticas contraceptivas, as experiências reprodutivas, os conhecimentos e cuidados com a saúde sexual e reprodutiva. A análise estatística foi realizada através do teste de qui-quadrado (X²), tendo sido aplicada a correção de Yates, quando necessário. O nível de significância do estudo foi de 5%. Utilizou-se o programa de Epi-info 3.58 para entrada e análise dos dados. Resultados: A média de idade foi de 16,6 anos para o total da amostra. A escolarização das meninas foi maior que a dos meninos (p= 0,008). A maioria dos adolescentes vivia com os pais. Os homens adolescentes possuíam mais atividades remuneradas (p=0,0003). Cerca de um quarto das meninas e um terço dos homens tiveram experiência sexual, sendo que, para elas, a primeira relação sexual ocorreu entre 15 e 19 anos; para eles, entre 12 a 14 anos (p=0,014). A maioria dos homens iniciou-se sexualmente com parceiros de 12 a 19 anos e em relações fugazes, enquanto as mulheres tiveram a primeira experiência sexual com parceiros mais velhos (p<0,0001) e namorados (p=0,006). As meninas receberam mais informações do que os meninos sobre relações sexuais (p=0,029) e como evitar gravidez (p= 0,001) antes da primeira relação sexual. Além disso, elas é que mais conversaram com parceiros na ocasião da iniciação sexual (p= 0,015) e também são elas que mais conversam atualmente (p=0,002) sobre prevenção de gravidez. Mais de 80% dos jovens disseram ter usado métodos anticoncepcionais na primeira relação sexual, e 90% fazem contracepção atualmente. As fontes de informações sobre sexualidade, gravidez e contracepção foram principalmente os pais. A farmácia foi o principal local de aquisição dos métodos contraceptivos, para os dois grupos.). As informações sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST) provêm principalmente da escola. O HIV/AIDS, a DST mais conhecida (88,5%), e o conhecimento do preservativo como meio para evitá-la foi praticamente universal (95,5%). Conclusão: Ao compararmos os resultados deste estudo, realizado com escolares de Silva Jardim, com aqueles de outras pesquisas, realizados com escolares de grandes centros urbanos ou com populações que incluem jovens fora da escola, vemos aproximações e distanciamentos entre suas experiências que não podem ser explicados linearmente. Para uma compreensão abrangente dessas experiências e do que elas têm de singularidade, e seus aspectos mais generalizáveis, é necessário observar como se articulam fatores relacionados ao contexto sociocultural e institucional de pequenos municípios, questões de gênero e o diferencial da escolaridade. |