Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Vergara, Fátima Maria Figueroa |
Orientador(a): |
Henriques, Maria das Graças Muller de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22937
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Resumo: |
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada por micobactérias do complexo Mycobacterium tuberculosis (MTC) que acomete, principalmente, as vias aéreas. De acordo com a organização mundial da saúde (OMS) foram registrados cerca de 8,6 milhões de novos casos de TB no mundo em 2012. Atualmente o tratamento da TB se dá basicamente com medicamentos desenvolvidos na década de 60 que não vem se mostrando eficaz no tratamento de TB multidroga resistente (MDR-TB) e em indivíduos imunodeprimidos. Considerando esses fatos, a busca pelo desenvolvimento de novos fármacos capazes de atuar com eficácia, rapidez e baixa toxicidade, se faz urgente. O objetivo geral deste trabalho consistiu em comprovar a eficácia do derivado tiofenólico, tiofenoacetamida (TAA) contra micobactérias. Mais especificamente avaliamos a atividade bactericida direta e indireta do TAA sobre micobactérias do MTC e ainda sua habilidade em modular a resposta gerada pela célula hospedeira- o macrófago e ainda a avaliação experimental in vivo em camundongos infectados. E finalmente, propomos possíveis alvos de atuação do TAA sobre macrófagos infectados, que auxiliam na resolução da infecção e da inflamação. Avaliamos a ação bactericida do TAA- e seus análogos sobre o M. tuberculosis e o M. bovis-BCG. Avaliamos sua ação antimicobacteriana e imunomoduladora sobre macrófagos murinos e camundongos C57Bl/6 infectados. Primeiramente determinamos o MIC contra M. tuberculosis e M. bovis-BCG. O MIC contra M. bovis-BCG foi extremamente baixo (5,0 pM) entretanto contra o M. tuberculosis observamos uma diminuição na potência (70\03BCM) por esta razão novos análogos foram sintetizados e avaliados, e foi observada melhora na potência (0.1\03BCM). Em seguida demonstramos que o TAA não é citotóxico em macrófagos J774A.1 ou células Vero A capacidade bactericida indireta sobre os macrófagos infectados com o M. bovis-BCG ou infectados com M. tuberculosis foi avaliada pela contagem do número de unidades formadoras de colônia (UFC), e o tratamento com TAA foi eficaz em diminuí-las. O modelo in vivo no modelo de pleurisia induzida por M. bovis-BCG, a administração oral de TAA (50 mg/kg) foi capaz de inibir o crescimento da micobactéria, a partir de 6 horas após a infecção e se manteve por 15 dias. Analisamos também se o TAA teria uma ação imunomoduladora sobre o macrófago infectado. Observamos que macrófagos infectados com M. bovis-BCG e tratados com o TAA apresentam aumento na formação de corpúsculos lipídicos (CL). Entretanto o TAA ao ser utilizado no tratamento de macrófagos infectados com M. tuberculosis promove uma diminuição no acúmulo de CL. Observou-se que no sobrenadante destas células houve uma diminuição da liberação de óxido nítrico (NO), PGE2, TNF-\03B1, IL-6 e um aumento significativo na liberação de IL-10. Realizamos uma avaliação qualitativa da translocação nuclear de NF- \03BAB e foi observado que o TAA foi capaz de inibir a translocação. Apesar do TAA haver apresentado uma ação predominantemente anti-inflamatória in vitro, no modelo in vivo foi observado que alguns dos mediadores pro-inflamatórios, como NO e IL-6 estavam aumentados após o tratamento com TAA, concordando com a morte da micobactéria. Tomados em conjunto nossos dados indicam que o TAA é capaz de diminuir a viabilidade micobacteriana in vitro e in vivo e promove uma modulação da resposta inflamatória decorrente da infecção. |