Avaliação de populações de macrófagos M1 e M2 em camundongos com capacidade diferente de elaborar resposta imune celular contra Mycobacterium tuberculosis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Souza, Alexandre Ignacio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-23102014-115222/
Resumo: Apesar de apenas 10% dos indivíduos infectados por Mycobacterium tuberculosis desenvolverem tuberculose, essa doença causa a morte de milhares de pessoas anualmente. Sabendo que o background genético do hospedeiro está relacionado com suscetibilidade/resistência à infecção por M. tuberculosis, nosso grupo vem avaliando diferenças na resposta imunológica entre camundongos C57BL/6 resistentes e BALB/c suscetíveis. No presente estudo, nós nos propusemos a avaliar populações de macrófagos M1 e M2 em animais com capacidade diferente de elaborar resposta imune celular nessa infecção. Animais C57BL/6, que elaboram resposta imune celular de maior magnitude, e BALB/c foram infectados com M. tuberculosis, e avaliados aos 30 e 70 dias de infecção. Observamos maior porcentagem de células CD11b+Ly-6C+, que caracterizam monócitos inflamatórios, no pulmão de animais BALB/c com 70 dias de infecção comparada à porcentagem detectada em animais C57BL/6 com mesmo período de infecção. Houve correlação positiva significativa entre número de bacilos e expressão gênica para iNOS aos 30 dias de infecção comparando ambas as linhagens. Ao contrário da nossa hipótese inicial, observamos maior porcentagem de células CD11b+F4/80+CD206+, que caracteriza o fenótipo de macrófagos M2, no pulmão de animais C57BL/6 com 70 dias de infecção comparada à porcentagem detectada em animais BALB/c com mesmo período de infecção, havendo correlação inversa significativa de células CD11b+F4/80+CD206+ e número de bacilos aos 70 dias de infecção. Não houve diferença na análise funcional de macrófagos M1 e M2 obtidos a partir de precursores da medula óssea, comparando as duas linhagens de camundongos. Dessa forma, experimentos com o propósito de estudar a função dessas células in vivo serão conduzidos para avaliar se os macrófagos M2 participam da resposta protetora que auxilia na eliminação dos bacilos ou na resposta protetora que auxilia no reparo tecidual do hospedeiro.