Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Marques, Aline Pinto |
Orientador(a): |
Szwarcwald, Celia Landmann,
Romero Montilla, Dalia Elena |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40043
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Resumo: |
Introdução: a hipertensão arterial é um grave problema de saúde pública global que afeta grande parte da população adulta brasileira e pode gerar limitações e perda de qualidade de vida. Os fatores associados à hipertensão são complexos e multifatoriais, seu conhecimento e controle são essenciais para redução da prevalência e das complicações causadas pela HAS. Objetivo: estudar a associação entre os principais fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica (HAS) e para as limitações das atividades habituais causadas pela HAS na população brasileira. Métodos: no primeiro artigo foi realizada revisão sistemática da literatura nacional e internacional. Foram incluídos estudos observacionais, de populações com 18 anos ou mais, dos últimos dez anos, publicados em inglês, português ou espanhol das bases Pubmed, Web of Science, Scopus e Lilacs. No segundo artigo, a partir dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde, foram calculados as prevalências de hipertensão e o grau de limitação da hipertensão segundo características sociodemográficas, medidas antropométricas e estilos de vida. Para análise da força de associação, foi utilizada a regressão de Poisson bivariada e multivariada. Resultados: a busca bibliográfica selecionou 42 artigos, a maioria do tipo seccional. A idade e o Índice de Massa Corporal (IMC) elevados foram os fatores de risco relacionados à HAS mais encontrados nos estudos. Outros fatores de risco foram: sexo (masculino), escolaridade (menor escolaridade), renda (menor renda) e circunferência da cintura (elevada). Nunca ter fumado, nunca ter consumido álcool e ter cor branca apareceram como características protetoras para a HAS. A partir da analise dos dados da PNS observou-se que hipertensão arterial é o fator de risco mais prevalente entre adultos brasileiros com 30 anos ou mais, está 22 fortemente associada ao processo de envelhecimento, obesidade, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares. Além disso, a ocorrência de limitação por hipertensão é mais prevalente entre aqueles com doenças não transmissíveis e comorbidades relacionadas às complicações da hipertensão. Neste estudo, observouse desigualdade sociodemográfica na prevalência de hipertensão, especialmente na população com algum grau de limitação por hipertensão. Conclusão: este estudo aponta para a relevância dos fatores de risco passíveis de intervenção para o controle e redução da hipertensão no Brasil, e outras doenças cardiovasculares, por meio de promoção da saúde e ampliação do acesso aos serviços, ou por meio da elaboração de políticas sociais mais amplas que exerçam impacto sobre o status social e econômico da população. Tendo em vista que a população mais vulnerável depende, quase totalmente, do sistema público de saúde, o fortalecimento das políticas de promoção à saúde e prevenção é fundamental para a superação das desigualdades no envelhecimento saudável. Além de garantir acesso e tratamento, são indispensáveis melhoras na qualidade do serviço e a intensificação da promoção dos comportamentos saudáveis nos meios de comunicação acessíveis à população de baixa escolaridade. |