Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Mattos, Paulo Sergio de Moraes da Silveira |
Orientador(a): |
Andrade, Bruno de Bezerril |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55956
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O diagnóstico da tuberculose (TB) pode ser realizado por detecção de M. tuberculosis (MTB) em testes microbiológicos, como baciloscopia e cultura ou ensaios de biologia molecular. A intepretação desses exames é limitada, pois não trazem informaçõessobre a repercussão sistêmica,celular, inflamatória e apresentam baixa sensibilidade em indivíduos paucibacilar. OBJETIVO: Avaliar a ativação celular e as alterações fenotípicas em linfócitos T CD4+ em indivíduos com TB, coinfectados ou não com HIV. MÉTODOS: Foram desenvolvidos estudos e análise em dois momentos e universos. O primeiro foi um estudo de caso controle com pacientes infectados com TB residentes no Brasil. Marcadores de ativação celular (CD38, HLA-DR e/ou Ki-67) foram validados em células T CD4+ específicas para MTB em discriminar TB pulmonar (TBP), TB extrapulmonar (TBEP) e TB latente (ILTB). O efeito da coinfecção pelo HIV no desempenho do diagnóstico das distintas formas de TB foi avaliado. O segundo estudo de cooorte foi desenvolvido com pacientes de TB-HIV, residentes no sul da Índia, antes e após o início da terapia antiretroviral (TARV). Nesse estudo, foram analisadas alterações fenotípicas em células T CD4+ , durante a ocorrência da síndrome inflamatória de reconstituição imune (SIRI) e sua relação com a inflamação sistêmica. Adicionalmente, subpopulações de linfócitos T CD4+ e biomarcadores no sangue periférico foram analisados. RESULTADOS: Os pacientes com TBP e TBEP apresentaram uma maior frequência de células T CD4+ IFN-γ + , com expressão de CD38, HLA-DR em comparação com ILTB. As frequências de células HLA-DR+ ou Ki-67+ distinguiram com precisão TBP de TBPE. A infecção pelo HIV não afetou a capacidade desses marcadores em distinguir TB ativa de ILTB ou TBPde TBPE. No segundo estudo, a frequência de células T CD4 naive (CD27+CD45RO− ), bem como de memória efetora (CD27−CD45RO+ ) distinguiram os indivíduos que desenvolveram a SIRI dos que não apresentaram, entre a 2° e6° semana após o início da TARV. Análises posteriores revelaram que TARV pode reconstituir diferentes quantidades de subconjuntos de linfócitos T CD4+ com expansão preferencial decélulas CXCR3+ CCR6− em pacientes com TB-SIRI. Além disso, houve expansão e restauração funcional de linfócitos T CD4+ CXCR3−CCR6+ , com expressão de marcadores de memória central (CD27+CD45RO+ ) e citocinas correspondentes, com redução nas células CXCR3−CCR6+ após TARV apenas naqueles que desenvolveram TB-SIRI. CONCLUSÃO: Os marcadores de ativação celular em células T CD4+ específicas para MTB distinguiram TB ativa de ILTB e TBP de TBPE, independentemente do status de infecção pelo HIV. Os subconjuntos de células T CD4+ estão fortemente associadas com SIRI. |