Dengue, heterogeneidade e indicadores sócioambientais: particularidades da dinâmica da dengue em nível local

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Flauzino, Regina Fernandes
Orientador(a): Santos, Reinaldo Souza dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2546
Resumo: O presente estudo teve por objetivo analisar a distribuição temporal e espacial da dengue, no período de 1998 a 2006, utilizando a análise espacialaliada ao estudo de indicadores sócio-econômicos e ambientais como ferramenta para identificação de áreas prioritárias para o controle da dengue e contribuir para o aprimoramento dos métodos epidemiológicos para a identificação de características ambientais de risco de adoecer pela doença. O trabalho está apresentado em três artigos. No primeiro artigo, realizou-se análise da literatura sobre dengue procurando identificar fatores associados a ocorrência da doença levando-se em conta a unidade geográfica de agregação e o tipo de dados utilizados nos estudos. No segundo artigo, analisou-se a distribuição espaço-temporal da dengue em localidade da cidade de Niterói,Rio de Janeiro, buscando associação com a heterogeneidade de características do ambiente urbano. No terceiro artigo, discutiram-se os indicadores sócio-ambientais e risco para ocorrência da dengue, levando em consideração as particularidades da dinâmica da doença em nível local.Concluiu-se que a heterogeneidade espacial das condições de vida e da incidência foi um achado presente em estudos com dados secundários,situação esta, verificada no estudo realizado em estudo local, onde percebeu-se a variação na distribuição da morbidade por áreas e que esta variação esteve influenciada por contextos específicos de cada localidade. Os dados secundários utilizados para análise mostraram-se deveras amplos, não permitindo uma análise mais fidedigna da realidade. Percebeu-se a necessidade de estudos baseados níveis locais e de construção de indicadores próprios para estes níveis. A metodologia de análise espacial utilizada permitiu a determinação de áreas prioritárias que contemplam a dinâmica da epidemia / endemia para além dos limites estritos dos setores censitários. O uso da análise espacial mostrou-se um recurso importante para estratificação de áreas prioritárias e úteis para instrumentalização dos níveis central e regional do planejamento das ações de controle, monitoramento e avaliação.