Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Souza, Ana Maria Ramos Zambroni de |
Orientador(a): |
Brito, Jussara Cruz de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2310
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Resumo: |
Esta pesquisa aborda o trabalho das profissionais de enfermagem em UTIN Unidade de Terapia Intensiva Neonatal buscando compreender quais os elementos que compõem e atravessam a atividade dessas trabalhadoras contribuem para sua saúde ou, inversamente, para o adoecimento. A pesquisa foi desenvolvida em um Hospital Universitário Federal situado na região nordeste do Brasil. O objetivo principal dessa investigação foi verificar as relações entre a forma em que a atividade de cuidar, na UTIN, se desenvolve e a saúde das trabalhadoras. As abordagens teórico-metodológicas norteadoras deste estudo foram aquelas que privilegiam o ponto de vista da Atividade, em especial a Ergonomia da Atividade, sempre na perspectiva da Ergologia, aliadas ao conceito vitalista de saúde de Canguilhem. Trata-se de um estudo qualitativo, cujo grupo participante é composto por um total de 18 trabalhadoras (06 enfermeiras e 12 técnicas de enfermagem). A pesquisa de campo foi desenvolvida em quatro etapas: observações livres, a aplicação do questionário INSAT, cruzamento das informações do questionário junto das observações livres e, finalmente, o processo de validação junto das trabalhadoras. Constatou-se que o coletivo tem papel importante e estruturante para a saúde dessas trabalhadoras, sendo um elemento essencial para qualidade do serviço e para satisfação no trabalho. As situações e condições de trabalho vivenciadas por esse grupo de trabalhadoras nem sempre favorecem ou até colocam em risco a saúde, tais como: trabalho noturno, iluminação insuficiente, exposição aos raios x, ritmo acelerado de trabalho, dificuldades com materiais e equipamentos, espaço físico inadequado, dentre outros. Observou-se também que a atividade dessas profissionais de enfermagem é fortemente atravessada pelas relações de gênero, onde a naturalização das supostas aptidões e funções socialmente atribuídas ao sexo feminino conjugam-se com a hierarquização médico-hospitalar constituindo-se como elementos inscritos e enraizados nas trabalhadoras, na instituição e na própria sociedade. |