Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Masson, Letícia Pessoa |
Orientador(a): |
Brito, Jussara Cruz de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5110
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Resumo: |
Esta pesquisa se interessou por compreender a dimensão relacional (sua invisibilidade) da atividade de trabalho de auxiliares de enfermagem da Unidade Neonatal de uma maternidade do município do Rio de Janeiro e suas conexões com a saúde destas trabalhadoras. A investigação teve como objetivos (i) conhecer o enquadre formal do trabalho das auxiliares de enfermagem da Unidade neonatal estudada; (ii) fazer uma aproximação da atividade de trabalho através de visitas (com observações, “encontros sobre o trabalho”, etc.) ao local de trabalho, com o estabelecimento, junto com as protagonistas da atividade em análise, de uma comunidade ampliada (e dialógica) de pesquisa; e (iii) contribuir para a visibilização dos aspectos de mais difícil percepção (dado também que, muitas vezes, ocultados) da atividade destas trabalhadoras, a partir de sua “colocação em palavras” e da sinergia / debate entre os pólos dos conceitos e o da experiência da prática, tendo como foco articulador a atividade de trabalho (acreditando que esta visibilização poderia trazer benefícios à saúde destas trabalhadoras). Dando destaque ao ponto de vista da atividade, os principais referenciais teóricos utilizados foram a concepção vitalista de saúde presente na obra de Georges Canguilhem e a perspectiva ergológica proposta por Yves Schwartz e outros, incorporando ferramentas teórico-metodológicas de abordagens clínicas do trabalho, como a Ergonomia da Atividade, a Psicodinâmica do Trabalho, a Clínica da Atividade, articulando-as com as proposições de P. Zarifian sobre o modelo de competência e a lógica presente na relação de serviço. Percebeu-se que a dimensão relacional, já pouco visível em qualquer situação de trabalho, é especialmente pouco visibilizada no trabalho destas profissionais, o que parece ocorrer devido às suas “marcas” fruto da divisão social e sexual do trabalho e das posições e valorações socialmente construídas a elas relacionadas, legitimadas e perpetuadas pela cultura médico-hospitalar. Além disso, percebemos que as competências chamadas “relacionais” são fortemente mobilizadas e utilizadas de maneira importante durante suas atividades – especialmente na relação com os pacientes /usuários (bebês) e sua família –, fazendo com que o processo de invisibilização/ não reconhecimento-julgamento seja nocivo para a saúde destas trabalhadoras. Vemos, entretanto, que se estabelece no coletivo profissional estudado, a construção de um ofício/ gênero profissional, que se desenvolve contribuindo para o fortalecimento da saúde e da construção de sentido no trabalho destas profissionais. |