Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Beatriz Oliveira |
Orientador(a): |
Loyola Filho, Antônio Ignácio de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61287
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Resumo: |
Introdução - Os transtornos depressivos, distúrbios psiquiátricos geriátricos mais comuns, e as alterações somáticas e cognitivas deles decorrentes podem afetar a capacidade funcional e impactar negativamente a qualidade de vida dos idosos. Há uma gama de fatores elencados entre os determinantes da depressão, incluindo os sociodemográficos e as condições crônicas de saúde, mas discute-se cada vez mais o impacto do ambiente social e das interações sociais sobre a saúde mental. Em função disso, a investigação das relações entre suporte social e saúde mental tem ganhado espaço na agenda desse campo de pesquisa. O suporte social é um conceito multifacetado e complexo, abrangendo aspectos estruturais e funcionais das relações pessoais. Objetivo - Investigar a associação entre sintomas depressivos e suporte social junto a amostra representativa de adultos brasileiros com 50 anos ou mais de idade. Metodologia - Trata-se de um estudo de delineamento transversal, com base nos dados da segunda onda do ELSI-Brasil. Os sintomas depressivos foram rastreados com base no instrumento CES-D8, considerando o ponto de corte ≥4 para identificar os participantes com sintomas depressivos. O suporte social foi investigado em suas dimensões estrutural e funcional, num total de oito itens. Variáveis sociodemográficas e de condições de saúde foram consideradas para ajuste na investigação da associação entre suporte social e sintomas depressivos, por meio do modelo de regressão de Poisson, considerando o nível de significância de 5%. Resultados - A prevalência de sintomas depressivos foi estimada em 19,1% (IC95%:16,7;21,7). Após a análise multivariada, com o ajuste para variáveis sociodemográficas e de condições de saúde, sintomas depressivos foram independentemente associados ao suporte social negativo nos itens não ser casado (RP=1,24; IC95%: 1,07-1,44) (dimensão estrutural), não ter em quem confiar (RP=1,31; IC95%: 1,10-1,56) ou a quem pedir dinheiro ou objeto emprestado, em caso de necessidade (RP=1,46; IC95%: 1,21-1,75) (dimensão funcional). Os resultados deste trabalho ressaltam a importância das relações sociais na determinação da presença de sintomas depressivos e reforçam a importância do ambiente social no planejamento de intervenções voltadas à prevenção desse evento em idosos. Políticas públicas voltadas para o fortalecimento das redes sociais podem ter um impacto positivo na saúde mental desse grupo etário. |