Pessoas idosas usuárias de redes sociais digitais: avaliação da autoestima, solidão e sintomas depressivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ribeiro, Renato Mendonça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-04112024-082907/
Resumo: Objetivo: Analisar os níveis de autoestima, solidão e sintomas depressivos de pessoas idosas que utilizavam redes sociais digitais e as relações com fatores sociodemográficos, econômicos e de saúde, durante a pandemia de COVID-19. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e quantitativo, com uma amostra não probabilística em sequência, de pessoas idosas que utilizavam redes sociais digitais no Brasil, como Facebook®, Instagram®, Telegram® e WhatsApp®. A coleta de dados foi realizada no período de agosto a setembro de 2022, de forma on-line por meio do Google Forms®, aplicando instrumentos de caracterização sociodemográfica, econômica, de saúde, Escala de Autoestima de Rosenberg, Escala de Solidão na versão brasileira UCLA-BR e a Escala de Depressão Geriátrica. O projeto foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Na análise dos dados, foram desenvolvidas análises descritivas e bivariadas paramétricas e não paramétricas, além de uma abordagem multivariada, para avaliar a relação entre variáveis explanatórias de interesse e os escores de autoestima, de solidão e de sintomas depressivos. Todos os testes estatísticos foram aplicados considerando o nível de significância de 5%.Resultados: Participaram do estudo 441 pessoas idosas que utilizavam redes sociais digitais, a maioria na faixa etária entre 60 e 69 anos (81,63%), com idade média de 65,61(±5,64) anos, procedentes do Estado de São Paulo (66,66%), do sexo feminino (82,31%), cor da pele branca (87,53%), casada (57,59%), tendo o WhatsApp® como a rede social mais utilizada (58,74%), com estudo formal (99,54%) e 17,46 anos de média de escolaridade. As pessoas idosas apresentaram escores médios de autoestima, solidão e sintomas depressivos de 24,53 (±2,72), 37,75 (±14,28) e 3,14 (±3,69), respectivamente. O modelo de análise dos componentes principais constatou que quanto maiores os escores de autoestima, menores os de solidão e sintomas depressivos. As pessoas idosas que apresentaram maior autoestima foram aquelas na faixa etária entre 70 e 79 anos, do sexo masculino, que se encontraram com seus familiares, de forma presencial, na pandemia e utilizaram o WhatsApp® como rede social mais frequente. As pessoas idosas que apresentaram maiores escores de solidão e sintomas depressivos foram aquelas com 80 anos ou mais que não mantiveram contato com os familiares na pandemia, utilizaram Facebook® e Instagram como redes sociais mais frequentes. Conclusão: A autoestima foi um constructo positivo, enquanto a solidão e sintomas depressivos se comportaram como constructos negativos para as pessoas idosas que utilizavam redes sociais digitais. Os achados destacam a importância do contato social, sobretudo com a utilização de redes sociais digitais e o papel fundamental do enfermeiro na realização de ações para promoção e manutenção da saúde mental das pessoas idosas.