Avaliação da ingestão de micronutrientes e do estado nutricional de homens portadores de HIV-1 assintomáticos virgens de tratamento antiretroviral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Maria Clara de Amorim
Orientador(a): Almeida, Maria da Glória Bonecini de, Brito, Patrícia Dias de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18544
Resumo: Objetivos: avaliar o estado nutricional e a ingestão das vitaminas A, B2, B6, B9, B12, C e D e dos oligoelementos cálcio, ferro, selênio e zinco em homens HIV+ assintomáticos virgens de tratamento antiretroviral (VT). Metodologia: Estudo do tipo descritivo transversal com homens HIV+ VT (n=64), com idades entre 18 e 60 anos, sem co-morbidades associadas, acompanhados no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC/Fiocruz) de março a novembro de 2010. Foi realizada avaliação antropométrica, estimativa da ingestão alimentar através do questionário de frequência alimentar (QFA) e do registro alimentar de 3 dias (R3d), e coleta de exames como albumina, transferrina, ferro e cálcio, bem como lipídios séricos. A casuística foi classificada segundo grupos de contagem de células TCD4. Resultados: a partir da avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC) foi observado que 3,1% (n=2) dos indivíduos apresentavam desnutrição, 57,8% (n=37) eutrofia e 39,1% (n=25) sobrepeso. Na classificação através da Dobra Cutânea Triciptal (DCT) e da Circunferência Muscular do Braço (CMB) foi observado que 23,44% (n=15) e 26,56% (n=17) apresentavam depleção de tecido magro e tecido gorduroso; no entanto, 13 destes indivíduos eram considerados eutróficos quando avaliados segundo o IMC (p=0.031; OR= 1,1 a 45,0). Foi encontrada associação entre DCT e CMB com o IMC (p=0,034 e 0,003 respectivamente) Na comparação dos valores dos micronutrientes entre QFA e R3d encontramos diferenças significativas nas vitaminas B2 (p=0,007), B6 (p=0,004), B9 (p=0,001), D (p=0,03), e no selênio (p=0,001), ferro (p=0,035) e cálcio (p=0,006). Para as demais vitaminas e minerais, não houve diferença significativa. Conclusão: Importância da utilização de mais de um parâmetro antropométrico para avaliar adequadamente o estado nutricional de indivíduos HIV+ é mais uma vez reforçada com base no que foi observado quando avaliamos indivíduos por dois ou mais parâmetros antropométricos. Em nossa casuística um baixo número de indivíduos foi classificado com desnutrição a partir da classificação do IMC, e o mesmo apresentou aumento quando observadas as reservas gordurosa e muscular (DCT e CMB) destes indivíduos. A análise da ingestão de micronutrientes através R3d indicou inadequação do consumo para cálcio e vitamina B9, enquanto que a análise através do QFA apresentou ingestão adequada para todos os nutrientes analisados. Isto demonstra a necessidade de se fazer ajustes no QFA de modo a se obter valores de ingestão mais precisos e, consequentemente, possibilitar sua reaplicação e posterior validação