Mulheres em profissões masculinas: transgressão na divisão sexual do trabalho? Estudo de caso com frentistas de postos de combustíveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Resende, Kelly de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica
Brasil
CEFET-MG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.cefetmg.br/handle/123456789/483
Resumo: A divisão sexual do trabalho caracteriza-se pela atuação dos homens em profissões ditas masculinas, exercidas em espaços púbicos, e a designação das mulheres aos trabalhos domésticos, no espaço privado, ou em atividades assalariadas nas quais predominam uma extensão daqueles. No entanto, no mundo contemporâneo, as mulheres vêm adentrando cada vez mais em áreas e profissões que desafiam essa lógica imposta pela sociedade historicamente. Destarte, a presente pesquisa revela a existência de uma “transgressão” nesse princípio organizador da divisão sexual do trabalho, a partir da análise das relações sociais de sexo/gênero presentes na prática social de mulheres que exercem a profissão de frentistas em postos de combustíveis na cidade de Belo Horizonte-MG. Partindo-se de uma revisão bibliográfica, análise documental e uma exegese de relatos dessas mulheres discute-se os caminhos percorridos por elas até adentrarem nessa profissão, os desafios vivenciados, a formação profissional, a dupla jornada de trabalho realizada no ambiente produtivo e doméstico, além do assédio sexual e da violência de gênero com os quais convivem diariamente. Os dados levantados e os resultados obtidos revelam que tais mulheres estão fazendo suas escolhas profissionais devido à sua baixa qualificação, pela necessidade econômica e aproveitando-se das oportunidades que o mercado lhes oferece. Tal análise suscita reflexões acerca das vicissitudes do mundo do trabalho, das relações de sexo/gênero contemporâneas e das novas formas que a divisão sexual do trabalho tem apresentado diante de um cenário cultural e econômico que determinam as escolhas profissionais das mulheres.