Relações de gênero e sexismo na educação profissional e tecnológica: as escolhas das alunas dos cursos técnicos do CEFET-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lopes, Sabrina Fernandes Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica
Brasil
CEFET-MG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.cefetmg.br/handle/123456789/384
Resumo: É crescente a participação feminina na educação e no mundo do trabalho, porém esse fenômeno não acontece de forma proporcional à diminuição do sexismo. Na área da tecnologia, a representatividade feminina é bastante baixa e, parte da explicação, está na escola e na família que reproduzem papéis sexuados, atribuindo lugares específicos para homens e mulheres na esfera social. Assim, as mulheres tendem a se considerar mais aptas a desempenhar determinadas atividades em detrimento de outras e a partir daí traçam estratégias de vida mais compatíveis com o que consideram (ou são levadas a considerar) como mais adequado para elas. O ensino profissional técnico de nível médio ilustra bem essa realidade, pois, concentra um número crescente de mulheres em áreas hegemonicamente consideradas femininas. A pesquisa realizada no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) analisa as escolhas de alunas a por determinados cursos em detrimento de outros. De ordem qualitativa, ela constou de um levantamento teórico-documental, tendo como fonte de dados empíricos os Censos Escolares do INEP e entrevistas semiestruturadas com alunas dos Cursos Técnicos em Hospedagem e Mecânica do CEFET-MG. Para a análise dos dados foi utilizado a Análise Crítica do Discurso à luz das teorias da Sociologia do Trabalho Francesa, de base marxista, ancorando-se principalmente nas obras de Hirata (1981, 2002, 2007, 2009) e Kérgoat (1989, 2007). Os resultados evidenciam deslocamentos e permanências na dinâmica das relações de gênero durante o acesso e permanência das meninas na Educação Profissional e Tecnológica. Destacam-se os preconceitos presentes nos cursos de maioria masculina e a continuidade da maior participação feminina em cursos relacionados às habilidades vistas como femininas. No entanto, há uma forte convicção das alunas sobre o acerto de suas escolhas e uma resistência à ideia hegemônica de que as áreas altamente feminizadas permaneçam desvalorizadas social e economicamente.