Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Calazans, Neide Lucia Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/21408
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Resumo: |
A presente pesquisa analisou as aproximações e distanciamentos das diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI 2008) em relação ao que preconiza a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e as Práticas Baseadas e Evidência (PBE) para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou simplesmente, autismo. No Brasil, pessoas com TEA conquistaram a prerrogativa da não recusa da matrícula escolar sob qualquer alegação. Esse fato resultou no aumento expressivo do número de crianças com autismo nas escolas públicas e privadas, compondo o público principal da educação especial (PAEE) o que, em tese, lhes assegura o direito à eliminação de barreiras que impeçam sua plena inclusão escolar. As pessoas com TEA apresentam, essencialmente, comportamento repetitivos, interesses restritos e falhas na comunicação social, o que impacta negativamente a aprendizagem escolar desses alunos, que dificilmente são alcançados por estratégias pedagógicas convencionais. Por esse motivo, desde a década de 1970, foram desenvolvidas diversas estratégias de ensino, que são classificadas internacionalmente como PBE para pessoas com autismo. A grande maioria dessas estratégias advém da ABA, cujo alicerce filosófico é constituído pelo Behaviorismo Radical formulado por B. F. Skinner. Entretanto, as PBE são pouco reportadas na Educação brasileira e por esse motivo, objetivou-se conhecer e examinar as diretrizes da PNEEPEI 2008 em busca de consonâncias e dissonâncias em relação aos princípios da ABA e das PBE para pessoas com autismo. Para atingir o objetivo dessa pesquisa de natureza qualitativa, descritiva e explicativa, empregou-se a metodologia da análise documental, sistematizada pela análise de conteúdo, segundo Bardin (1977). Foram analisados o texto da PNEEPEI (BRASIL, 2008) e dois de seus fascículos complementares: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva (ROPOLI et al., 2010); e A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: transtornos globais do desenvolvimento (BELISÁRIO FILHO; CUNHA, 2010). A análise revelou o distanciamento entre as diretrizes da PNEEPEI 2008 e as melhores práticas conhecidas para a educação das pessoas com TEA, mostrando-se engendrada no movimento de exclusão na inclusão para esse público. Com a máxima de que somos todos iguais em nossas diferenças a inclusão escolar tem deixado de cumprir um papel importante na vida de pessoas com autismo, especialmente dos mais severos. Aponta-se a necessidade de revisão das práticas vigentes na Educação Especial brasileira para que se efetive o direito fundamental à educação para pessoas com autismo. |