Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Israel Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17489
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Resumo: |
Nesta tese, buscamos realizar uma análise do funcionamento discursivo de teorias da conspiração em condições de produção distintas para descobrir, diante da variedade de discursos que envolvem tal materialidade e das plataformas onde são publicadas e compartilhadas, se é possível classificá-las como gênero do discurso na perspectiva bakhtiniana. Para tanto, analisamos três diferentes teorias da conspiração com o objetivo de identificar suas regularidades, suas singularidades e seus efeitos: o livro Em nome de Deus, de David Yallop; o segundo episódio da série televisiva Conspiracy Theory with Jesse Ventura; e vídeos e textos online sobre a morte do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Partindo do princípio de que os sujeitos significam o real e se significam por meio da Narratividade (ORLANDI, 2017), estudamos a estrutura da narrativa para entender o trabalho das teorias da conspiração sobre a memória subjetiva e as diferentes formas de dar sentido ao espaço, ao tempo, às pessoas e às suas ações, buscando, com essa investigação, as regularidades, os não-ditos e as especificidades que indicariam o funcionamento de teorias conspiratórias como gênero. Ao modo do gênero romanesco, apontado por Bakhtin (2017, p. 27) como pluriestilístico, heterodiscursivo, heterovocal, portanto próximo do uso cotidiano da linguagem, teorias da conspiração englobam vários gêneros intercalados, reorganizando e dando sentido à polêmica entre vozes sociais diante de determinados acontecimentos. Concluímos que teorias da conspiração constituem um gênero ao mesmo tempo heterogêneo e unilateral, ressoando narrativamente para produzir um processo de individuação que reconforte o sujeito após rupturas, que provocam uma perda de confiança na capacidade de o Estado gerir sentidos. |