Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Elisa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-12072023-102751/
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Resumo: |
Esta dissertação analisará se teorias da conspiração foram utilizadas como justificativas para ações de política externa tomadas durante o governo Jair Bolsonaro (2018-2022). Utilizaremos como caso de estudo a gestão do ministro Ernesto Araújo como Ministro das Relações Exteriores entre janeiro de 2019 e março de 2021. Para tal, compreenderemos se pode ser identificada a lógica de significação de teorias da conspiração, com base na teoria semiótica das teorias da conspiração, no discurso de Araújo. Almejamos, também, verificar se as mesmas teorias da conspiração estariam presentes em canais de comunicação alternativos de apoiadores do presidente Bolsonaro, sendo ressignificadas e disseminadas à população. Tendo como base a literatura sobre política externa populista de extrema direita, estudos sobre uso e difusão de teorias da conspiração, e a partir de uma perspectiva teórica de análise semiótica, examinaremos, em particular, o chamado globalismo uma das principais teorias conspiratórias mobilizadas por Araújo enquanto chanceler , com ênfase em quatro instrumentos globalistas principais, tal como entendidos por Araújo, a saber: ideologia de gênero, climatismo, oikophobia (medo do próprio lar/nação), e a política do medicamente correto. Espera-se que a pesquisa contribua para esclarecer melhor como teorias da conspiração são utilizadas para justificar ações de política externa em países governados por políticos populistas de extrema direita, bem como de que forma a disseminação dessas teorias junto à sociedade contribui para o enfraquecimento da democracia, coesionando e energizando uma base de seguidores. |