Proteção normativa constitucional às relações poliamorosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Tayne Nunes dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/13920
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo investigar quais princípios constitucionais podem amparar as relações poliamorosas no âmbito do direito de família. Para tanto,procede-se à análise histórica da entidade familiar no Brasil, abarcando desde o período do Brasil-colônia até a contemporaneidade, sob as perspectivas antropológica e sociológica; a seguir, procura-se estabelecer uma cadeia principiológica capaz de fornecer subsídios para o reconhecimento jurídico do poliamor, a partir dos ensinamentos de Ronald Dworkin, Robert Alexy e LenioStreck; e, por fim,é examinada, criticamente, a decisão do CNJ sobre o tema, bem como avaliados quais efeitos jurídicos que o reconhecimento do poliamor pode originar. Trata-se de uma pesquisa de natureza bibliográfica cuja base teórica é multidisciplinar, pois juntamente com os exames de doutrinas, jurisprudências e decisões dos Tribunais brasileiros utilizaram-se de obras dos campos da história e da antropologia. Conclui-se, assim, a possibilidade e a urgência de se reconhecer às relações poliamorosas como entidade familiar, com base nos princípios de dignidade da pessoa humana, liberdade, igualdade, não intervenção do Estado na família e pluralidade familiar, garantindo a efetividade dos direitos daqueles que são partícipes de uniões poliamorosas.