Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Noble, Debbie Mello |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17620
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Resumo: |
Nesta tese, ancorada na Análise do Discurso franco-brasileira (Pêcheux; Orlandi), procuramos analisar como a forma-material inovação vem incidindo no campo da educação, mais especificamente na conjuntura da Reforma do Ensino Médio e no acontecimento da pandemia de Covid-19. Para isso, configuramos um arquivo que formula e faz circular um dizer sobre uma educação inovadora no País e no Estado de Santa Catarina em suas dimensões jurídica, pedagógica e dimensão transversa digital. Observamos que os documentos que compõem este arquivo (leis e resoluções, como a LDB, Lei nº 13.415/2017, Resolução n. 3/2018; Orientações Curriculares, BNCC) produzem certos efeitos de sentido para inovação na educação que determinam a prática pedagógica e o sujeito-professor. Nos documentos, este é tomado como um aplicador, que produz repetição e não pode/ não deve produzir suas próprias interpretações sobre o currículo, em contradição ao que textualizam sobre o aluno, apontando para uma necessidade de colocá-lo em posição de autoria. Isso nos levou a outro movimento de análise, que se deu a partir de entrevistas com professores da rede pública do Estado de Santa Catarina. Assim, constituímos nosso corpus de análise a partir de um recorte analítico pela noção de autoria (Orlandi; Gallo), observando os gestos de interpretação do sujeito-professor sobre inovação, bem como o funcionamento de sua prática pedagógica na pandemia. Este acontecimento-recorte (Barbosa Filho, 2018) produz deslocamentos no funcionamento da prática e na constituição dos sujeitos e sentidos. Encontramos uma posição-sujeito que marca um desentendimento em relação aos efeitos de evidência sobre inovação, o que aponta para uma possibilidade do sujeito produzir furo, resistir ao discurso sobre e, portanto, contraidentificar/se com este. Nessa posição-sujeito, há um discurso do professor, onde ele não é falado, mas, pelo contrário, fala por si. Nela, também percebemos uma relação distinta e inédita com a materialidade técnica digital (Pequeno, 2019): esta não é mais ferramenta, mas espaço de constituição do sujeito e dos sentidos. Quando imbricada no discurso pedagógico, a partir de novos gestos de interpretação do sujeito-professor, esta materialidade possibilita a produção de um discurso da inovação, a partir do qual o sujeito produz deslocamentos nos sentidos estabilizados do arquivo. |