A democratização do ensino médio no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Calônico Júnior, Flávio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3585
Resumo: O presente trabalho problematiza algumas questões relacionadas à natureza do Ensino Médio no Brasil. Apresenta como pergunta norteadora: Quais são as configurações, limites e perspectivas do Ensino Médio no Brasil e nos estados de Santa Catarina e Paraná no que diz respeito ao acesso e a permanência? Recorrem-se, sobretudo, às informações estatísticas do Censo Escolar, disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e aos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), disponibilizados pelo IBGE, para discutir os indicadores voltados à universalização do Ensino Médio com qualidade. A presente pesquisa se articula ao projeto "ENSINO MÉDIO E TRABALHO DOCENTE EM ESCOLAS PÚBLICAS: CONFIGURAÇÕES E PERSPECTIVAS", que estuda o Ensino Médio no Sul do Brasil e que está em andamento no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Sul de Santa Catarina (PPGE-UNISUL). Com relação aos aspectos teóricos, apresentam-se considerações a respeito de concepções de educação, Ensino Médio, Sistema Nacional de Educação, gestão e financiamento da educação, como suporte para uma melhor compreensão das dimensões da educação com qualidade. Dos dados empíricos emergiram duas categorias de conteúdo: limites e possibilidades ao acesso ao Ensino Médio e desafios à permanência no Ensino Médio. Os indicadores educacionais discutidos apontam uma escola média desigual e precária no Brasil, inclusive nos referidos estados da federação. Os dados empíricos explicitam que os dois entes federados citados ainda não trouxeram todos os jovens do grupo de idade 15 a 17 anos para a escola média e apresentam dificuldades em garantir que nela permaneçam. Expressam os desafios relativos a matrículas e podem contribuir para a discussão sobre a definição de políticas regulares que oportunizem para os sujeitos da aprendizagem do Ensino Médio uma formação emancipadora e indispensável ao exercício da cidadania. O estudo suscita ampla discussão sobre a instituição de um Sistema Nacional de Educação, articulado a um Plano Nacional de Educação que contenha uma política de financiamento ancorada na garantia do direito social ao Ensino Médio com qualidade.