Estruturas de concreto com corrosão de armaduras por carbonatação: comparação de argamassas de reparo quanto à proteção do aço.
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2002 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Download full: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-03042025-131922/ |
Summary: | Reparos localizados são um dos sistemas de recuperação mais usados em estruturas de concreto com corrosão de armaduras, por carbonatação, e podem ser bastante diversificados em função do preparo do substrato, tipo de argamassa, forma de aplicação e proteção final. Mas, não se tem normas que regulamentem esses serviços e nem especificação de argamassas de reparo, ainda que o mercado ofereça uma extensa gama de produtos. Neste trabalho foi feita uma análise abrangente de propriedades de treze argamassas de reparo, em dois grupos distintos quanto à fabricação: seis argamassas formuladas em laboratório, com dois tipos de cimento e dois tipos de polímero, para o traço 1:3 e um mesmo tipo de agregado miúdo; e outras sete argamassas industrializadas do mercado de São Paulo, tomando-se como referência um concreto de substrato com fck 25 MPa (a/c 0,60). As propriedades estudadas para as argamassas foram: a) de caracterização básica (curva granulométrica, densidade de massa específica e aparente, teor de álcalis solúveis, manutenção de consistência); b) de relação com a compatibilidade de deformações com o concreto (resistência à flexão, à compressão, módulo de elasticidade, resistência de aderência ao cisalhamento direto e retração por secagem); c) de relação com a estabilidade eletroquímica do aço (resistência à carbonatação, absorção de água por capilaridade e por imersão, índice de vazios, resistência à mobilidade de corrente avaliada por espectroscopia deimpedância eletroquímica e por resistividade superficial pelo método Wenner). Os resultados indicaram uma grande diferença de propriedades entre as argamassas industrializadas nacionais disponíveis para a mesma finalidade, reparos localizados em estruturas de concreto armado. ) Isto é bem ilustrado pelo fato de algumas das propriedades terem variado tão amplamente como segue: resistência à compressão com 28 dias (22 -108 MPa), resistência à tração na flexão com 28 dias (8 - 24 MPa), módulo de elasticidade com 28 dias (15 - 50 GPa), absorção por imersão (2,5 -24 %), absorção de água por capilaridade (1,5 -13 kg/m2). Quanto às argamassas formuladas em laboratório, o uso dos polímeros indicou melhora em todas as propriedades estudadas, exceto a retração por secagem, sendo o acrilato mais eficiente do que o EVA. O cimento de alta resistência inicial (CPV ARI PLUS RS) produziu argamassas com melhores propriedades do que as argamassas com cimento composto com fíler calcário (CP II-F 32). O trabalho propõe, ao final, faixas de classificação para as diversas propriedades estudadas, com base principalmente nos resultados apresentados pelas argamassas industrializadas e os limites propostos poderão servir como base futura para a evolução de uma especificação brasileira e de métodos de ensaio para argamassas de reparo. |
id |
USP_fab25a05ecf64b324ddca8485881d227 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-03042025-131922 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Estruturas de concreto com corrosão de armaduras por carbonatação: comparação de argamassas de reparo quanto à proteção do aço.Concrete structures with steel corrosion due to carbonation: comparative study of repair mortars related to steel.ArgamassaConcrete structuresCorrosãoCorrosionEstruturas de concretoEstruturas reparadas (Durabilidade)MortarRepaired structures (Durability)Reparos localizados são um dos sistemas de recuperação mais usados em estruturas de concreto com corrosão de armaduras, por carbonatação, e podem ser bastante diversificados em função do preparo do substrato, tipo de argamassa, forma de aplicação e proteção final. Mas, não se tem normas que regulamentem esses serviços e nem especificação de argamassas de reparo, ainda que o mercado ofereça uma extensa gama de produtos. Neste trabalho foi feita uma análise abrangente de propriedades de treze argamassas de reparo, em dois grupos distintos quanto à fabricação: seis argamassas formuladas em laboratório, com dois tipos de cimento e dois tipos de polímero, para o traço 1:3 e um mesmo tipo de agregado miúdo; e outras sete argamassas industrializadas do mercado de São Paulo, tomando-se como referência um concreto de substrato com fck 25 MPa (a/c 0,60). As propriedades estudadas para as argamassas foram: a) de caracterização básica (curva granulométrica, densidade de massa específica e aparente, teor de álcalis solúveis, manutenção de consistência); b) de relação com a compatibilidade de deformações com o concreto (resistência à flexão, à compressão, módulo de elasticidade, resistência de aderência ao cisalhamento direto e retração por secagem); c) de relação com a estabilidade eletroquímica do aço (resistência à carbonatação, absorção de água por capilaridade e por imersão, índice de vazios, resistência à mobilidade de corrente avaliada por espectroscopia deimpedância eletroquímica e por resistividade superficial pelo método Wenner). Os resultados indicaram uma grande diferença de propriedades entre as argamassas industrializadas nacionais disponíveis para a mesma finalidade, reparos localizados em estruturas de concreto armado. ) Isto é bem ilustrado pelo fato de algumas das propriedades terem variado tão amplamente como segue: resistência à compressão com 28 dias (22 -108 MPa), resistência à tração na flexão com 28 dias (8 - 24 MPa), módulo de elasticidade com 28 dias (15 - 50 GPa), absorção por imersão (2,5 -24 %), absorção de água por capilaridade (1,5 -13 kg/m2). Quanto às argamassas formuladas em laboratório, o uso dos polímeros indicou melhora em todas as propriedades estudadas, exceto a retração por secagem, sendo o acrilato mais eficiente do que o EVA. O cimento de alta resistência inicial (CPV ARI PLUS RS) produziu argamassas com melhores propriedades do que as argamassas com cimento composto com fíler calcário (CP II-F 32). O trabalho propõe, ao final, faixas de classificação para as diversas propriedades estudadas, com base principalmente nos resultados apresentados pelas argamassas industrializadas e os limites propostos poderão servir como base futura para a evolução de uma especificação brasileira e de métodos de ensaio para argamassas de reparo.Patch Repairs are one of the most well-spread recuperation systems used in concrete structures with steel corrosion, due to carbonation of concrete, and can be well diversified according to the substrate prepare, mortar type, application type and final protection. Nevertheless, we still do not have any normative prescribing neither these services nor any specification for these products, even having an extensive line of products. For this research was done an ample analysis of the properties for thirteen repair mortars, in two different groups according to the type of fabrication: six laboratory-formulated repair mortars, with two types of cement and two types of polymers, for the mix proportion 1:3 and a same type of fine aggregate; and seven industrialized repair mortars from the São Paulo market, having as reference a concrete substrate with a fck 25 MPa (w/c 0,60). The properties studied for the mortars were: a) basic characterization (granulometry, bulk and apparent mass density, alkali content, consistency retention); b) related to the compatibility of deformations with concrete (flexural strength, compressive strength, elasticity modulus, shear bond and drying shrinkage); c) related to electrochemical stability of the steel reinforcement (carbonation resistance, water absorption by capillarity and by immersion, air content, resistance to the flow of electrical current measured by electrochemical impedance spectroscopy and by surface resistivity measured by theWenner method). The results indicated significant differences in the properties among national industrialized mortars available for the same final use, patch repairs in concrete structures. ) This can be well explained with the fact that some properties varied as follows: compressive strength at 28 days (22 - 108 MPa), flexural tensile strength at 28 days (8 - 24 MPa), elasticity modulus at 28 days (15 - 50 GPa), water absorption by immersion (2,5 - 24 %), and water absorption by capillarity(1,5 - 13 Kg/m2). Referring to the laboratory-formulated mortars, the use of polymers indicated improvements in every property but in drying shrinkage, being acrylate more efficient than EVA. The High Early Strength Cement (CPV ARI PLUS RS) produced mortars with better properties than those of the mortars made with cement with limestone filler addition (CP II-F 32). This work proposes, at the end, ranks of classification for each of the properties of the mortars studied, basing principally in the results presented by the industrialized mortars. The limits proposed can eventually be used as a future support for the evolution of a Brazilian specification and for the evolution of test methods for repair mortars.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSelmo, Silvia Maria de SouzaMedeiros, Marcelo Henrique Farias de2002-10-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-03042025-131922/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2025-04-03T16:26:02Zoai:teses.usp.br:tde-03042025-131922Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212025-04-03T16:26:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Estruturas de concreto com corrosão de armaduras por carbonatação: comparação de argamassas de reparo quanto à proteção do aço. Concrete structures with steel corrosion due to carbonation: comparative study of repair mortars related to steel. |
title |
Estruturas de concreto com corrosão de armaduras por carbonatação: comparação de argamassas de reparo quanto à proteção do aço. |
spellingShingle |
Estruturas de concreto com corrosão de armaduras por carbonatação: comparação de argamassas de reparo quanto à proteção do aço. Medeiros, Marcelo Henrique Farias de Argamassa Concrete structures Corrosão Corrosion Estruturas de concreto Estruturas reparadas (Durabilidade) Mortar Repaired structures (Durability) |
title_short |
Estruturas de concreto com corrosão de armaduras por carbonatação: comparação de argamassas de reparo quanto à proteção do aço. |
title_full |
Estruturas de concreto com corrosão de armaduras por carbonatação: comparação de argamassas de reparo quanto à proteção do aço. |
title_fullStr |
Estruturas de concreto com corrosão de armaduras por carbonatação: comparação de argamassas de reparo quanto à proteção do aço. |
title_full_unstemmed |
Estruturas de concreto com corrosão de armaduras por carbonatação: comparação de argamassas de reparo quanto à proteção do aço. |
title_sort |
Estruturas de concreto com corrosão de armaduras por carbonatação: comparação de argamassas de reparo quanto à proteção do aço. |
author |
Medeiros, Marcelo Henrique Farias de |
author_facet |
Medeiros, Marcelo Henrique Farias de |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Selmo, Silvia Maria de Souza |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Medeiros, Marcelo Henrique Farias de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Argamassa Concrete structures Corrosão Corrosion Estruturas de concreto Estruturas reparadas (Durabilidade) Mortar Repaired structures (Durability) |
topic |
Argamassa Concrete structures Corrosão Corrosion Estruturas de concreto Estruturas reparadas (Durabilidade) Mortar Repaired structures (Durability) |
description |
Reparos localizados são um dos sistemas de recuperação mais usados em estruturas de concreto com corrosão de armaduras, por carbonatação, e podem ser bastante diversificados em função do preparo do substrato, tipo de argamassa, forma de aplicação e proteção final. Mas, não se tem normas que regulamentem esses serviços e nem especificação de argamassas de reparo, ainda que o mercado ofereça uma extensa gama de produtos. Neste trabalho foi feita uma análise abrangente de propriedades de treze argamassas de reparo, em dois grupos distintos quanto à fabricação: seis argamassas formuladas em laboratório, com dois tipos de cimento e dois tipos de polímero, para o traço 1:3 e um mesmo tipo de agregado miúdo; e outras sete argamassas industrializadas do mercado de São Paulo, tomando-se como referência um concreto de substrato com fck 25 MPa (a/c 0,60). As propriedades estudadas para as argamassas foram: a) de caracterização básica (curva granulométrica, densidade de massa específica e aparente, teor de álcalis solúveis, manutenção de consistência); b) de relação com a compatibilidade de deformações com o concreto (resistência à flexão, à compressão, módulo de elasticidade, resistência de aderência ao cisalhamento direto e retração por secagem); c) de relação com a estabilidade eletroquímica do aço (resistência à carbonatação, absorção de água por capilaridade e por imersão, índice de vazios, resistência à mobilidade de corrente avaliada por espectroscopia deimpedância eletroquímica e por resistividade superficial pelo método Wenner). Os resultados indicaram uma grande diferença de propriedades entre as argamassas industrializadas nacionais disponíveis para a mesma finalidade, reparos localizados em estruturas de concreto armado. ) Isto é bem ilustrado pelo fato de algumas das propriedades terem variado tão amplamente como segue: resistência à compressão com 28 dias (22 -108 MPa), resistência à tração na flexão com 28 dias (8 - 24 MPa), módulo de elasticidade com 28 dias (15 - 50 GPa), absorção por imersão (2,5 -24 %), absorção de água por capilaridade (1,5 -13 kg/m2). Quanto às argamassas formuladas em laboratório, o uso dos polímeros indicou melhora em todas as propriedades estudadas, exceto a retração por secagem, sendo o acrilato mais eficiente do que o EVA. O cimento de alta resistência inicial (CPV ARI PLUS RS) produziu argamassas com melhores propriedades do que as argamassas com cimento composto com fíler calcário (CP II-F 32). O trabalho propõe, ao final, faixas de classificação para as diversas propriedades estudadas, com base principalmente nos resultados apresentados pelas argamassas industrializadas e os limites propostos poderão servir como base futura para a evolução de uma especificação brasileira e de métodos de ensaio para argamassas de reparo. |
publishDate |
2002 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2002-10-24 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-03042025-131922/ |
url |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-03042025-131922/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1839839026119442432 |