Remodelamento da matriz extracelular e mecanismos de resposta ao estresse induzidos pelo peptídeo da laminina C16 em células expostas à hipóxia química ou baixa tensão de oxigênio.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-22082023-104031/ |
Resumo: | O microambiente das células tumorais desempenha importante papel no processo de tumorigênese. Entre diversos componentes, a laminina, uma glicoproteína da membrana basal, pode sofrer clivagem por ação de metaloproteinases (MMPs), e seus fragmentos podem ser bioativos. Um desses fragmentos, é o peptídeo C16, que promove atividades pró-tumorais, como por exemplo, a formação de invadopódios (protrusões finger-like da membrana com atividade proteolítica), que células tumorais usam para iniciar invasão. Os efeitos observados do peptídeo C16 foram adquiridos em condição de normóxia (tensão normal de oxigênio). No entanto, o microambiente tumoral possui regiões em baixa tensão de oxigênio (hipóxia), uma condição que promove maior estresse no tumor, ao estabilizar o fator induzido por hipóxia (HIF1-α), o qual influencia diversos aspectos da biologia tumoral. Com isso, este estudo investigou a regulação de mecanismos de estresse e de invadopódios pelo peptídeo C16 em células de fibrosarcoma humano (HT1080), que foram submetidas à hipóxia, induzida por cloreto de cobalto (hipóxia química); ou por baixa tensão de oxigênio, em câmara de hipóxia. Células HT1080 na presença do peptídeo C16, e em fenótipo hipóxico (confirmado pelos altos níveis proteícos de HIF1-α), ou em normóxia, aumentaram a degradação de um substrato fluorescente, possibilitando a verificação da atividade de invadopódios. Além disso, também notou-se uma aparente maior dispersão das proteínas-chave de invadopódios, cortactina e MT1-MMP, nesses grupos em relação aos controles. Observou-se também uma ativação de MMP-2 pelo peptídeo, integrando o aspecto degradativo. Surpreendentemente, células na presença do peptídeo C16 tem seu tamanho reduzido, e o número de células é menor após 3 dias. O peptídeo C16 também reduziu a síntese de proteínas nas células, em condições de normóxia e hipóxia. Esses fatores levaram á verificação da via de mTOR, o que demonstrou diversas proteínas desta via reduzidas e levou ao desaparecimento da proteína ribossomal S6, pelo peptídeo C16 em hipóxia. Esses resultados demonstram um efeito estressante do peptídeo, promovendo a adaptação celular por regulação de mecanismos de estresse e estimulando o remodelamento da matriz extracelular por MMPs e ao induzir a formação de invadopódios |
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Remodelamento da matriz extracelular e mecanismos de resposta ao estresse induzidos pelo peptídeo da laminina C16 em células expostas à hipóxia química ou baixa tensão de oxigênio.Extracellular matrix remodeling and stress response mechanisms induced by laminin derived peptide C16 in cells exposed to chemical hypoxia or low oxygen tension.FibrosarcomaFibrossarcomaHipóxiaHypoxiaInvadopodiaInvadopódioLamininLamininaMMPsMMPsmTOR pathwayVia de mTORO microambiente das células tumorais desempenha importante papel no processo de tumorigênese. Entre diversos componentes, a laminina, uma glicoproteína da membrana basal, pode sofrer clivagem por ação de metaloproteinases (MMPs), e seus fragmentos podem ser bioativos. Um desses fragmentos, é o peptídeo C16, que promove atividades pró-tumorais, como por exemplo, a formação de invadopódios (protrusões finger-like da membrana com atividade proteolítica), que células tumorais usam para iniciar invasão. Os efeitos observados do peptídeo C16 foram adquiridos em condição de normóxia (tensão normal de oxigênio). No entanto, o microambiente tumoral possui regiões em baixa tensão de oxigênio (hipóxia), uma condição que promove maior estresse no tumor, ao estabilizar o fator induzido por hipóxia (HIF1-α), o qual influencia diversos aspectos da biologia tumoral. Com isso, este estudo investigou a regulação de mecanismos de estresse e de invadopódios pelo peptídeo C16 em células de fibrosarcoma humano (HT1080), que foram submetidas à hipóxia, induzida por cloreto de cobalto (hipóxia química); ou por baixa tensão de oxigênio, em câmara de hipóxia. Células HT1080 na presença do peptídeo C16, e em fenótipo hipóxico (confirmado pelos altos níveis proteícos de HIF1-α), ou em normóxia, aumentaram a degradação de um substrato fluorescente, possibilitando a verificação da atividade de invadopódios. Além disso, também notou-se uma aparente maior dispersão das proteínas-chave de invadopódios, cortactina e MT1-MMP, nesses grupos em relação aos controles. Observou-se também uma ativação de MMP-2 pelo peptídeo, integrando o aspecto degradativo. Surpreendentemente, células na presença do peptídeo C16 tem seu tamanho reduzido, e o número de células é menor após 3 dias. O peptídeo C16 também reduziu a síntese de proteínas nas células, em condições de normóxia e hipóxia. Esses fatores levaram á verificação da via de mTOR, o que demonstrou diversas proteínas desta via reduzidas e levou ao desaparecimento da proteína ribossomal S6, pelo peptídeo C16 em hipóxia. Esses resultados demonstram um efeito estressante do peptídeo, promovendo a adaptação celular por regulação de mecanismos de estresse e estimulando o remodelamento da matriz extracelular por MMPs e ao induzir a formação de invadopódiosThe microenvironment of tumor cells plays an important role in the tumorigenesis process. Among several components, laminin, a basement membrane glycoprotein, can undergo cleavage by the action of metalloproteinases (MMPs), and its fragments can be bioactive. One of these fragments is the peptide C16, which induce pro-tumor properties, such as the formation of invadopodia (finger-like membrane protrusions with proteolytic activity), which tumor cells use to initiate invasion. The peptide C16 effects previously observed were acquired under normoxia condition (normal oxygen tension). However, the tumor microenvironment has regions of low oxygen tension (hypoxia), a condition that promotes greater stress on the tumor, by stabilizing the hypoxia-inducible factor (HIF1-α), which influences several aspects of tumor biology. Thus, this study investigated the regulation of stress and invadopodia mechanisms by the peptide C16 in human fibrosarcoma cells (HT1080), which were exposed to hypoxia, induced by cobalt chloride (chemical hypoxia), or by low oxygen tension, in a hypoxia chamber. HT1080 cells in the presence of peptide C16, and in hypoxic phenotype (confirmed by high protein levels of HIF1-α), or in normoxia, increased the degradation of a fluorescent substrate, enabling the verification of invadopodia activity. In addition, an apparent greater dispersion of key proteins from invadopodia, cortactin and MT1-MMP was also noted in these groups compared to controls. An activation of MMP-2 by the peptide was also observed, integrating the degradative aspect. Surprisingly, cells in the presence of peptide C16 are reduced in size, and the number of cells is lesser after 3 days. The peptide C16 also reduced protein synthesis in cells under conditions of normoxia and hypoxia. These factors led to the verification of the mTOR pathway, which demonstrated several reduced proteins and led to the disappearance of the ribosomal protein S6, by the peptide C16 in hypoxia. These results demonstrate a stressful effect of the peptide, promoting cellular adaptation by regulating stress mechanisms and stimulating extracellular matrix remodeling by MMPs and inducing invadopodia formation.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJaeger, Ruy GastaldoniMateus, Raquel Sarmento2022-02-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-22082023-104031/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPReter o conteúdo por motivos de patente, publicação e/ou direitos autoriais.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-01T20:44:02Zoai:teses.usp.br:tde-22082023-104031Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-01T20:44:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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