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Avaliação dos pacientes tratados por apendicite aguda em hospital universitário

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Main Author: Silva, Natália Zanini da
Publication Date: 2025
Format: Bachelor thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UFRGS
Download full: http://hdl.handle.net/10183/290458
Summary: INTRODUÇÃO: A apendicite aguda é a emergência cirúrgica mais comum na infância, geralmente causada por obstrução luminal do apêndice devido a hiperplasia linfóide, fecalitos, corpos estranhos, tumores ou parasitas, levando à congestão venosa e proliferação bacteriana. Exames laboratoriais associados a exames de imagem têm aprimorado a acurácia diagnóstica permitindo intervenções mais rápidas e redução das laparotomias não terapêuticas. A correta classificação do estágio da doença é essencial para definir a melhor abordagem terapêutica, reduzir complicações infecciosas, minimizar o tempo de internação e ajustar o tratamento com antibióticos conforme a gravidade do caso. Por fim, avaliar o perfil dos pacientes, a evolução clínica e os parâmetros mais relevantes é fundamental para aprimorar o manejo da apendicite aguda na população pediátrica. METODOLOGIA: Desenvolveu-se um estudo de coorte histórico com análise de prontuários de pacientes atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com quadros de apendicite aguda entre os anos de 2017 e 2024. Os dados analisados incluem: dados demográficos, comorbidades, tempo de internação, parâmetros clínicos, exames de imagem, descrição de cirurgias, complicações pós-operatórias e necessidade de novos procedimentos. A análise estatística foi realizada com testes epidemiológicos variados, utilizando SPSS 18.0 e JAVOMI. RESULTADOS: O estudo analisou 370 pacientes com apendicite aguda atendidos no HCPA entre 2018 e 2024, majoritariamente do sexo masculino (60,8%) e com idade média de 8,52 anos. A maioria foi submetida à cirurgia primária, predominantemente por videolaparoscopia, com baixa taxa de conversão para cirurgia aberta (1,4%). O tratamento conservador foi adotado em 6,2% dos casos, dos quais 54,17% realizaram apendicectomia intervalada posteriormente. A taxa de reinternações foi de 5,1%, principalmente devido a abscessos (84,21%). A presença de fecalito foi mais associada a apendicites complicadas (p<0,05). Destacou-se a baixa taxa de laparotomias não terapêuticas indicando uma excelência no diagnóstico de apendicite aguda e a importância dos exames de imagem associados a história e exame físico para diagnóstico de certeza nestes pacientes. CONCLUSÃO: A apendicite aguda na população pediátrica é um desafio no atendimento de emergência, exigindo diagnóstico e tratamento o mais brevemente possível, para evitar complicações graves. O estudo reforça a importância do diagnóstico precoce, além da relevância do tempo de sintomas na gravidade do quadro. A ecografia se destaca como ferramenta diagnóstica essencial, reduzindo cirurgias desnecessárias e que aumentam a morbimortalidade dos pacientes.
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METODOLOGIA: Desenvolveu-se um estudo de coorte histórico com análise de prontuários de pacientes atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com quadros de apendicite aguda entre os anos de 2017 e 2024. Os dados analisados incluem: dados demográficos, comorbidades, tempo de internação, parâmetros clínicos, exames de imagem, descrição de cirurgias, complicações pós-operatórias e necessidade de novos procedimentos. A análise estatística foi realizada com testes epidemiológicos variados, utilizando SPSS 18.0 e JAVOMI. RESULTADOS: O estudo analisou 370 pacientes com apendicite aguda atendidos no HCPA entre 2018 e 2024, majoritariamente do sexo masculino (60,8%) e com idade média de 8,52 anos. A maioria foi submetida à cirurgia primária, predominantemente por videolaparoscopia, com baixa taxa de conversão para cirurgia aberta (1,4%). O tratamento conservador foi adotado em 6,2% dos casos, dos quais 54,17% realizaram apendicectomia intervalada posteriormente. A taxa de reinternações foi de 5,1%, principalmente devido a abscessos (84,21%). A presença de fecalito foi mais associada a apendicites complicadas (p<0,05). Destacou-se a baixa taxa de laparotomias não terapêuticas indicando uma excelência no diagnóstico de apendicite aguda e a importância dos exames de imagem associados a história e exame físico para diagnóstico de certeza nestes pacientes. CONCLUSÃO: A apendicite aguda na população pediátrica é um desafio no atendimento de emergência, exigindo diagnóstico e tratamento o mais brevemente possível, para evitar complicações graves. O estudo reforça a importância do diagnóstico precoce, além da relevância do tempo de sintomas na gravidade do quadro. A ecografia se destaca como ferramenta diagnóstica essencial, reduzindo cirurgias desnecessárias e que aumentam a morbimortalidade dos pacientes.INTRODUCTION: Acute appendicitis is the most common surgical emergency in childhood, usually caused by luminal obstruction of the appendix due to lymphoid hyperplasia, fecaliths, foreign bodies, tumors, or parasites, leading to venous congestion and bacterial proliferation. Laboratory tests combined with imaging studies have improved diagnostic accuracy, enabling faster interventions and a reduction in negative appendectomies. The classification of the disease stage is essential to determine the best therapeutic approach, reducing infectious complications, minimizing hospital stay, and adjusting antibiotic treatment according to the severity of the case. Finally, evaluating patient profiles, clinical outcomes, and the most relevant parameters is crucial for improving the management of acute appendicitis in the pediatric population. METHODS: This historical cohort study analyzes medical records of patients treated at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre with acute appendicitis between 2017 and 2024. The data analyzed included demographic information, comorbidities, length of hospitalization, clinical parameters, imaging exams, surgeries, complications, and the need for additional procedures. Statistical analysis performed using various epidemiological tests with SPSS 18.0 and JAVOMI. RESULTS: The study analyzed 370 patients with acute appendicitis treated at HCPA between 2018 and 2024, mostly male (60.8%) with an average age of 8.52 years. The majority underwent primary surgery, predominantly by videolaparoscopy, with a low conversion rate to open surgery (1.4%). Conservative treatment was adopted in 6.2% of cases, of which 54.17% later underwent interval appendectomy. The readmission rate was 5.1%, mainly due to abscesses (84.21%). The presence of fecalith was more associated with complicated appendicitis (p<0.05). The study highlighted the low rate of non-therapeutic laparotomies, indicating excellence in diagnosing acute appendicitis and emphasizing the importance of imaging exams combined with patient history and physical examination to diagnose in these patients. CONCLUSIONS: Acute appendicitis in the pediatric population is a challenge in emergency care, requiring a rapid diagnosis to prevent severe complications. The study reinforces the importance of early diagnosis, as well as the relevance of symptom duration in determining the severity of the condition. Ultrasound stands out as an essential diagnostic tool, reducing unnecessary surgeries that increase patient morbidity and mortality.application/pdfporApendiciteHospitais universitáriosAcute appendicitisUncomplicated acute appendicitisComplicated acute appendicitisBlocked appendicitisAvaliação dos pacientes tratados por apendicite aguda em hospital universitárioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisHospital de Clínicas de Porto AlegrePorto Alegre, BR-RS2025especializaçãoPrograma de Residência Médica em Cirurgia Pediátricainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001248299.pdf.txt001248299.pdf.txtExtracted Texttext/plain46259http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/290458/2/001248299.pdf.txtf2ce1e0c94d4eb5ec6d162b654cf8169MD52ORIGINAL001248299.pdfTexto completoapplication/pdf564760http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/290458/1/001248299.pdf8bff4cced2be104cec52c01395966082MD5110183/2904582025-04-19 06:57:20.889431oai:www.lume.ufrgs.br:10183/290458Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2025-04-19T09:57:20Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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