Superdotação: por que o profissional médico deveria se interessar mais ?

Bibliographic Details
Main Author: Palmeira, Débora Ribeiro
Publication Date: 2025
Format: Bachelor thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
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Summary: Medicina é uma palavra de origem latina que se traduz em “arte de curar”. Sabemos que a prática médica não se limita à cura, mas se trata de cuidado e de alívio quando não se pode curar. A atuação do médico, por sua vez, envolve gerenciar condições patológicas já instaladas, assim como manter olhar atento aos pacientes que, diante dele, apresentem comportamento de risco para desenvolvimento de comorbidades. Cabe ao médico, tam- bém, orientar / educar esses pacientes, a partir do conhecimento da Medicina preventiva. Neurodivergentes vivem um grande dilema: são lançados em um mundo de gente típica, onde são compelidos a desempenhar tarefas igual a essas pessoas. Contudo, possuem um funcionamento cerebral bastante diferente. Os superdotados, em especial, correspondem a uma parcela significativa invisibilizada da população e, devido a suas atipias e aos riscos aumentados de desenvolver doenças, requerem acompanhamento diferenciado em todas as áreas da vida. O objetivo do trabalho é explorar o modo de funcionamento cerebral atípico, explicitar claramente os conceitos dentro da neurodivergência, e as consequên- cias negativas que podem advir da superdotação, de modo que a competência técnica do médico sobreponha os confundidores, e as sutilezas da identificação se destaquem na prática clínica. O método utilizado foi a revisão qualitativa da literatura em periódicos da área médica. Os artigos mostraram que existem inúmeras alterações físicas, neurológicas, psicológicas e sociais no superdotado, que possui os chamados hipercérebro e hipercorpo. O médico, enquanto profissional que possui acesso às crianças desde as primeiras horas de vida até mais tardiamente nas consultas de puericultura, guarda a grande oportunidade de mapear perfis e fragilidades, e de interferir diante da identificação de um indivíduo superdotado. Apesar de a superdotação não ser e nem poder ser considerada uma doença, ela é um convite à reflexão do aprendizado médico, que tem sua formação fundamentada em patologias, em vez de centrada em pessoas. O reconhecimento oportuno de milhões de pessoas, por parte do médico, levará, por consequência, mentes potentes, cientes de seu potencial, a contribuírem grandemente para a melhoria do planeta
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Os superdotados, em especial, correspondem a uma parcela significativa invisibilizada da população e, devido a suas atipias e aos riscos aumentados de desenvolver doenças, requerem acompanhamento diferenciado em todas as áreas da vida. O objetivo do trabalho é explorar o modo de funcionamento cerebral atípico, explicitar claramente os conceitos dentro da neurodivergência, e as consequên- cias negativas que podem advir da superdotação, de modo que a competência técnica do médico sobreponha os confundidores, e as sutilezas da identificação se destaquem na prática clínica. O método utilizado foi a revisão qualitativa da literatura em periódicos da área médica. Os artigos mostraram que existem inúmeras alterações físicas, neurológicas, psicológicas e sociais no superdotado, que possui os chamados hipercérebro e hipercorpo. O médico, enquanto profissional que possui acesso às crianças desde as primeiras horas de vida até mais tardiamente nas consultas de puericultura, guarda a grande oportunidade de mapear perfis e fragilidades, e de interferir diante da identificação de um indivíduo superdotado. Apesar de a superdotação não ser e nem poder ser considerada uma doença, ela é um convite à reflexão do aprendizado médico, que tem sua formação fundamentada em patologias, em vez de centrada em pessoas. O reconhecimento oportuno de milhões de pessoas, por parte do médico, levará, por consequência, mentes potentes, cientes de seu potencial, a contribuírem grandemente para a melhoria do planetaMedicine is a word of Latin origin that means “art of healing”. It’s known that medical practice is not limited to cure, but it’s also about care and relief when healing is not possi- ble. The doctor’s role, in turn, involves managing established pathological conditions, as well as keeping a watchful eye on patients who, before him, present risk behavior for the development of comorbidities. The doctor is also supposed to guide/educate these patients, based on his/her knowledge of preventive medicine. Neurodivergent people experience a great dilemma: they are thrown into a world of typical people Where they are forced to perform like these people. However, their brain works in a very different way. Gifted people, in particular, correspond to a significant invisible portion of the population and, due to their atypia and increased chances of developing diseases, require differentiated monitoring in all areas of their lives. The doctor, as a professional who has access to children from the first hours of life until later in childcare consultations, has the great opportunity of mapping profiles and fragilities, and intervening in the identification of a gifted individual. To do so, it’s essential that the concepts within neurodivergence are very clear to professionals, in order that the technical competence overcomes the confusions and the subtleties of identification. Although giftedness is not and cannot be considered a disease, it is an invitation to reflect on medical learning, which has its training essentially based on pathologies, rather than centered on people. Knowing the typical functioning of the brain will help with the timely recognition of millions of neuroatypical people, and, consequently, powerful minds, aware of their potential, will contribute greatly to the improvement of the planet58 f.Souza, Jano Alves dehttp://lattes.cnpq.br/8801248036098074Cardoso, Fernanda Serpahttp://lattes.cnpq.br/0899150602589123Brito , Adriana Rochahttp://lattes.cnpq.br/6655919294150574Pitta , Izabela Jardim Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/8833957506583659Leite , Marco Antonio Araújohttp://lattes.cnpq.br/1723673475960127http://lattes.cnpq.br/2587922251157426Palmeira, Débora Ribeiro2025-05-05T16:28:01Z2025-05-05T16:28:01Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfPALMEIRA, Débora Ribeiro. Superdotação: por que o profissional médico deveria se interessar mais ? 2024. 58 f. 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