EstratÃgias funcionais de plantas arbÃreas em uma cronossequÃncia na floresta tropical Ãmida

Bibliographic Details
Main Author: Maria Amanda Menezes Silva
Publication Date: 2015
Format: Doctoral thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Download full: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=15118
Summary: Em comunidades montadas por processos determinÃsticos os filtros abiÃticos ou biÃticos selecionam espÃcies e caracterÃsticas funcionais com melhor aptidÃo. Com base nisso, a hipÃtese deste trabalho à que filtros abiÃticos e biÃticos atuem ao longo da cronossequÃncia, gerando diferentes processos de montagem das comunidades. Deste modo foram levantadas as seguintes previsÃes: I) Caso exista integraÃÃo funcional entre os ÃrgÃos, os diferentes processos de montagem da comunidade gerarÃo diferentes espectros de economia para a planta, II) CaracterÃsticas e estratÃgias funcionais apresentarÃo diferentes relaÃÃes com as taxas demogrÃficas ao longo da cronossequÃncia e III) Os diferentes processos de montagem vÃo gerar diferentes padrÃes para estrutura filogenÃtica e funcional, sendo estes modificados ao longo do tempo em virtude da mortalidade e do recrutamento. Para testar estas previsÃes, foram coletados dados de oito caracterÃsticas funcionais (foliares, reprodutivos, tronco e planta inteira) em 64 espÃcies, distribuÃdas em nove Ãreas, sendo seis capoeiras (trÃs com 17 anos e trÃs com 25 anos de regeneraÃÃo, aproximadamente) e trÃs florestas maduras, localizadas sob domÃnio da Floresta OmbrÃfila Densa, na regiÃo do litoral Norte de Pernambuco, Brasil. Em cada uma dessas Ãreas foram obtidas as taxas de mortalidade, recrutamento e crescimento das espÃcies e grupos de espÃcies. Foi observado que nÃo existe um espectro de economia para planta, de modo que os ÃrgÃos atuam de forma independente, nÃo variando ao longo da cronossequÃncia. Algumas caracterÃsticas tiveram forte influÃncia sobre a demografia das plantas, mas estas relaÃÃes tambÃm nÃo variaram com a cronossequÃncia. Quando as espÃcies foram agrupadas com base no maior nÃmero de caracterÃsticas voltadas para uso rÃpido do recurso (espÃcies aquisitivas), para a conservaÃÃo do recurso (espÃcies conservativas) ou com caracterÃsticas voltadas para ambas as estratÃgias (espÃcies intermediÃrias), as taxas demogrÃficas apresentam algumas variaÃÃes ao longo da cronossequÃncia, com maior mortalidade de espÃcies aquisitivas e intermediÃrias nas vegetaÃÃes com 25 anos de regeneraÃÃo e maior recrutamento de espÃcies intermediÃrias e conservativas no final da cronossequÃncia. AlÃm disso, foi observado que nÃo existe sinal filogenÃtico para as caracterÃsticas estudadas, indicando que nÃo houve conservaÃÃo de nicho, e que as estruturas filogenÃtica e funcional apresentam padrÃo aleatÃrio nas fases iniciais da sucessÃo, enquanto que no fim da sucessÃo a comunidade era funcionalmente dispersa e filogeneticamente agrupada. Estes padrÃes se mantiveram ao longo do tempo, nÃo sofrendo influÃncia de indivÃduos e espÃcies mortos e recrutados. Deste modo, à possÃvel afirmar que ao longo desta cronossequÃncia, as variaÃÃes nos filtros foram percebidas de forma diferente quando analisadas por populaÃÃes e por comunidades. CaracterÃsticas analisadas no nÃvel de populaÃÃo nÃo refletiram a influÃncia das mudanÃas observadas ao longo da cronossequÃncia, enquanto que para comunidade as influÃncias foram mais perceptÃveis. Portanto, o estudo das caracterÃsticas funcionais e da dinÃmica, bem como dos grupos de espÃcies, forneceram informaÃÃes importantes sobre os processos e conseqÃentemente sobre montagem das comunidades com diferentes disponibilidades de recursos.
id UFC_8a5a320c4bce7a1a512d099c6db36e09
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:10069
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEstratÃgias funcionais de plantas arbÃreas em uma cronossequÃncia na floresta tropical ÃmidaFunctional strategies of woody plants in a chronosequence in the rainforest2015-08-10Maria Jesus Nogueira Rodal 19452535415http://lattes.cnpq.br/2149968509524149 Francisca Soares de AraÃjo02589658745http://lattes.cnpq.br/7277684979819031Carla Ferreira Rezende08849789742http://lattes.cnpq.br/6413382716876721 Everardo Valadares de Sà Barretto Sampaiohttp://lattes.cnpq.br/0036350961788246 Roberta Boscaini Zandavalli70957681020http://lattes.cnpq.br/112182702240609701402389302http://lattes.cnpq.br/9541390261502661Maria Amanda Menezes SilvaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em Ecologia e Recursos NaturaisUFCBRCaracterÃsticas funcionais Demografia Floresta secundÃria IntegraÃÃo funcional Regras de montagemPlantas arbÃreasFunctional traits Demography Secondary forest Functional integration Rules of assemblyECOLOGIAEm comunidades montadas por processos determinÃsticos os filtros abiÃticos ou biÃticos selecionam espÃcies e caracterÃsticas funcionais com melhor aptidÃo. Com base nisso, a hipÃtese deste trabalho à que filtros abiÃticos e biÃticos atuem ao longo da cronossequÃncia, gerando diferentes processos de montagem das comunidades. Deste modo foram levantadas as seguintes previsÃes: I) Caso exista integraÃÃo funcional entre os ÃrgÃos, os diferentes processos de montagem da comunidade gerarÃo diferentes espectros de economia para a planta, II) CaracterÃsticas e estratÃgias funcionais apresentarÃo diferentes relaÃÃes com as taxas demogrÃficas ao longo da cronossequÃncia e III) Os diferentes processos de montagem vÃo gerar diferentes padrÃes para estrutura filogenÃtica e funcional, sendo estes modificados ao longo do tempo em virtude da mortalidade e do recrutamento. Para testar estas previsÃes, foram coletados dados de oito caracterÃsticas funcionais (foliares, reprodutivos, tronco e planta inteira) em 64 espÃcies, distribuÃdas em nove Ãreas, sendo seis capoeiras (trÃs com 17 anos e trÃs com 25 anos de regeneraÃÃo, aproximadamente) e trÃs florestas maduras, localizadas sob domÃnio da Floresta OmbrÃfila Densa, na regiÃo do litoral Norte de Pernambuco, Brasil. Em cada uma dessas Ãreas foram obtidas as taxas de mortalidade, recrutamento e crescimento das espÃcies e grupos de espÃcies. Foi observado que nÃo existe um espectro de economia para planta, de modo que os ÃrgÃos atuam de forma independente, nÃo variando ao longo da cronossequÃncia. Algumas caracterÃsticas tiveram forte influÃncia sobre a demografia das plantas, mas estas relaÃÃes tambÃm nÃo variaram com a cronossequÃncia. Quando as espÃcies foram agrupadas com base no maior nÃmero de caracterÃsticas voltadas para uso rÃpido do recurso (espÃcies aquisitivas), para a conservaÃÃo do recurso (espÃcies conservativas) ou com caracterÃsticas voltadas para ambas as estratÃgias (espÃcies intermediÃrias), as taxas demogrÃficas apresentam algumas variaÃÃes ao longo da cronossequÃncia, com maior mortalidade de espÃcies aquisitivas e intermediÃrias nas vegetaÃÃes com 25 anos de regeneraÃÃo e maior recrutamento de espÃcies intermediÃrias e conservativas no final da cronossequÃncia. AlÃm disso, foi observado que nÃo existe sinal filogenÃtico para as caracterÃsticas estudadas, indicando que nÃo houve conservaÃÃo de nicho, e que as estruturas filogenÃtica e funcional apresentam padrÃo aleatÃrio nas fases iniciais da sucessÃo, enquanto que no fim da sucessÃo a comunidade era funcionalmente dispersa e filogeneticamente agrupada. Estes padrÃes se mantiveram ao longo do tempo, nÃo sofrendo influÃncia de indivÃduos e espÃcies mortos e recrutados. Deste modo, à possÃvel afirmar que ao longo desta cronossequÃncia, as variaÃÃes nos filtros foram percebidas de forma diferente quando analisadas por populaÃÃes e por comunidades. CaracterÃsticas analisadas no nÃvel de populaÃÃo nÃo refletiram a influÃncia das mudanÃas observadas ao longo da cronossequÃncia, enquanto que para comunidade as influÃncias foram mais perceptÃveis. Portanto, o estudo das caracterÃsticas funcionais e da dinÃmica, bem como dos grupos de espÃcies, forneceram informaÃÃes importantes sobre os processos e conseqÃentemente sobre montagem das comunidades com diferentes disponibilidades de recursos.In communities assembled by deterministic processes, abiotic or biotic filters select species and functional traits with higher fitness. Based on this, the hypothesis of this work is that abiotic and biotic filters operate over a chronosequence, generating different community assembly processes. Thus, the following predictions were made: I) If functional integration exists between organs, different processes of community assembly will generate different economics spectra for the plant II) Functional strategies and traits will show different relationships with demographic rates over the chronosequence; and III) Assembly processes will generate different patterns of phylogenetic and functional structure, which will be modified over time due to mortality and recruitment. To test these predictions, data on eight functional characteristics were collected (leaf, reproductive, stem and whole plant) in 64 species distributed in nine areas, six being secondary growth forests (three with approximately 17 years and three with approximately 25 years of abandonment), and three mature forests, located within the dense ombrophilous forest domain in the northern coastal region of Pernambuco, Brazil. In each one of these areas rates of mortality, recruitment and growth of the species and communities were obtained. The existence of an economics spectrum for plants was not observed, meaning that the organs acted independently, not varying over the gradient. Some traits had a strong influence on the plant demographics, but these relationships also did not vary with chronosequence. When species were grouped based on the largest numbers of traits favouring rapid resource use (acquisitive species), or resource conservation (conservative species) or traits adapted to both strategies (intermediate species), the demographic rates showed some variation over the chronosequence, with higher mortality in acquisitive and intermediate species in areas with 25 years abandonment and higher recruitment of intermediate and conservative species at the end of the chronosequence. Furthermore, it was observed that a phylogenetic signal did not exist for the traits studied, indicting that there was no niche conservation and that the phylogenetic and functional structure showed a random pattern in the initial stages of succession, whilst at the end of succession the community was functionally dispersed and phylogenetically grouped. These patterns were maintained over time, not influenced by individuals and dead and recruited species. Thus, it is possible to say that throughout this chronosequence, the variations in filters were perceived differently when analysed by populations or communities. Traits analysed at the population level did not reflect the influence of changes observed over the chronosequence, while for the community these influences were more noticeable. Therefore, the study of functional and dynamic traits, as well as species groups, provides important information about the processes, and consequently the assembly, of communities with different resource availabilities.FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=15118application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:28:46Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv EstratÃgias funcionais de plantas arbÃreas em uma cronossequÃncia na floresta tropical Ãmida
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Functional strategies of woody plants in a chronosequence in the rainforest
title EstratÃgias funcionais de plantas arbÃreas em uma cronossequÃncia na floresta tropical Ãmida
spellingShingle EstratÃgias funcionais de plantas arbÃreas em uma cronossequÃncia na floresta tropical Ãmida
Maria Amanda Menezes Silva
CaracterÃsticas funcionais
Demografia
Floresta secundÃria
IntegraÃÃo funcional
Regras de montagem
Plantas arbÃreas
Functional traits
Demography
Secondary forest
Functional integration
Rules of assembly
ECOLOGIA
title_short EstratÃgias funcionais de plantas arbÃreas em uma cronossequÃncia na floresta tropical Ãmida
title_full EstratÃgias funcionais de plantas arbÃreas em uma cronossequÃncia na floresta tropical Ãmida
title_fullStr EstratÃgias funcionais de plantas arbÃreas em uma cronossequÃncia na floresta tropical Ãmida
title_full_unstemmed EstratÃgias funcionais de plantas arbÃreas em uma cronossequÃncia na floresta tropical Ãmida
title_sort EstratÃgias funcionais de plantas arbÃreas em uma cronossequÃncia na floresta tropical Ãmida
author Maria Amanda Menezes Silva
author_facet Maria Amanda Menezes Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maria Jesus Nogueira Rodal
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 19452535415
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2149968509524149
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Francisca Soares de AraÃjo
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 02589658745
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7277684979819031
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Carla Ferreira Rezende
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 08849789742
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6413382716876721
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Everardo Valadares de SÃ Barretto Sampaio
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0036350961788246
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Roberta Boscaini Zandavalli
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv 70957681020
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1121827022406097
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 01402389302
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9541390261502661
dc.contributor.author.fl_str_mv Maria Amanda Menezes Silva
contributor_str_mv Maria Jesus Nogueira Rodal
Francisca Soares de AraÃjo
Carla Ferreira Rezende
Everardo Valadares de SÃ Barretto Sampaio
Roberta Boscaini Zandavalli
dc.subject.por.fl_str_mv CaracterÃsticas funcionais
Demografia
Floresta secundÃria
IntegraÃÃo funcional
Regras de montagem
Plantas arbÃreas
topic CaracterÃsticas funcionais
Demografia
Floresta secundÃria
IntegraÃÃo funcional
Regras de montagem
Plantas arbÃreas
Functional traits
Demography
Secondary forest
Functional integration
Rules of assembly
ECOLOGIA
dc.subject.eng.fl_str_mv Functional traits
Demography
Secondary forest
Functional integration
Rules of assembly
dc.subject.cnpq.fl_str_mv ECOLOGIA
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Em comunidades montadas por processos determinÃsticos os filtros abiÃticos ou biÃticos selecionam espÃcies e caracterÃsticas funcionais com melhor aptidÃo. Com base nisso, a hipÃtese deste trabalho à que filtros abiÃticos e biÃticos atuem ao longo da cronossequÃncia, gerando diferentes processos de montagem das comunidades. Deste modo foram levantadas as seguintes previsÃes: I) Caso exista integraÃÃo funcional entre os ÃrgÃos, os diferentes processos de montagem da comunidade gerarÃo diferentes espectros de economia para a planta, II) CaracterÃsticas e estratÃgias funcionais apresentarÃo diferentes relaÃÃes com as taxas demogrÃficas ao longo da cronossequÃncia e III) Os diferentes processos de montagem vÃo gerar diferentes padrÃes para estrutura filogenÃtica e funcional, sendo estes modificados ao longo do tempo em virtude da mortalidade e do recrutamento. Para testar estas previsÃes, foram coletados dados de oito caracterÃsticas funcionais (foliares, reprodutivos, tronco e planta inteira) em 64 espÃcies, distribuÃdas em nove Ãreas, sendo seis capoeiras (trÃs com 17 anos e trÃs com 25 anos de regeneraÃÃo, aproximadamente) e trÃs florestas maduras, localizadas sob domÃnio da Floresta OmbrÃfila Densa, na regiÃo do litoral Norte de Pernambuco, Brasil. Em cada uma dessas Ãreas foram obtidas as taxas de mortalidade, recrutamento e crescimento das espÃcies e grupos de espÃcies. Foi observado que nÃo existe um espectro de economia para planta, de modo que os ÃrgÃos atuam de forma independente, nÃo variando ao longo da cronossequÃncia. Algumas caracterÃsticas tiveram forte influÃncia sobre a demografia das plantas, mas estas relaÃÃes tambÃm nÃo variaram com a cronossequÃncia. Quando as espÃcies foram agrupadas com base no maior nÃmero de caracterÃsticas voltadas para uso rÃpido do recurso (espÃcies aquisitivas), para a conservaÃÃo do recurso (espÃcies conservativas) ou com caracterÃsticas voltadas para ambas as estratÃgias (espÃcies intermediÃrias), as taxas demogrÃficas apresentam algumas variaÃÃes ao longo da cronossequÃncia, com maior mortalidade de espÃcies aquisitivas e intermediÃrias nas vegetaÃÃes com 25 anos de regeneraÃÃo e maior recrutamento de espÃcies intermediÃrias e conservativas no final da cronossequÃncia. AlÃm disso, foi observado que nÃo existe sinal filogenÃtico para as caracterÃsticas estudadas, indicando que nÃo houve conservaÃÃo de nicho, e que as estruturas filogenÃtica e funcional apresentam padrÃo aleatÃrio nas fases iniciais da sucessÃo, enquanto que no fim da sucessÃo a comunidade era funcionalmente dispersa e filogeneticamente agrupada. Estes padrÃes se mantiveram ao longo do tempo, nÃo sofrendo influÃncia de indivÃduos e espÃcies mortos e recrutados. Deste modo, à possÃvel afirmar que ao longo desta cronossequÃncia, as variaÃÃes nos filtros foram percebidas de forma diferente quando analisadas por populaÃÃes e por comunidades. CaracterÃsticas analisadas no nÃvel de populaÃÃo nÃo refletiram a influÃncia das mudanÃas observadas ao longo da cronossequÃncia, enquanto que para comunidade as influÃncias foram mais perceptÃveis. Portanto, o estudo das caracterÃsticas funcionais e da dinÃmica, bem como dos grupos de espÃcies, forneceram informaÃÃes importantes sobre os processos e conseqÃentemente sobre montagem das comunidades com diferentes disponibilidades de recursos.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv In communities assembled by deterministic processes, abiotic or biotic filters select species and functional traits with higher fitness. Based on this, the hypothesis of this work is that abiotic and biotic filters operate over a chronosequence, generating different community assembly processes. Thus, the following predictions were made: I) If functional integration exists between organs, different processes of community assembly will generate different economics spectra for the plant II) Functional strategies and traits will show different relationships with demographic rates over the chronosequence; and III) Assembly processes will generate different patterns of phylogenetic and functional structure, which will be modified over time due to mortality and recruitment. To test these predictions, data on eight functional characteristics were collected (leaf, reproductive, stem and whole plant) in 64 species distributed in nine areas, six being secondary growth forests (three with approximately 17 years and three with approximately 25 years of abandonment), and three mature forests, located within the dense ombrophilous forest domain in the northern coastal region of Pernambuco, Brazil. In each one of these areas rates of mortality, recruitment and growth of the species and communities were obtained. The existence of an economics spectrum for plants was not observed, meaning that the organs acted independently, not varying over the gradient. Some traits had a strong influence on the plant demographics, but these relationships also did not vary with chronosequence. When species were grouped based on the largest numbers of traits favouring rapid resource use (acquisitive species), or resource conservation (conservative species) or traits adapted to both strategies (intermediate species), the demographic rates showed some variation over the chronosequence, with higher mortality in acquisitive and intermediate species in areas with 25 years abandonment and higher recruitment of intermediate and conservative species at the end of the chronosequence. Furthermore, it was observed that a phylogenetic signal did not exist for the traits studied, indicting that there was no niche conservation and that the phylogenetic and functional structure showed a random pattern in the initial stages of succession, whilst at the end of succession the community was functionally dispersed and phylogenetically grouped. These patterns were maintained over time, not influenced by individuals and dead and recruited species. Thus, it is possible to say that throughout this chronosequence, the variations in filters were perceived differently when analysed by populations or communities. Traits analysed at the population level did not reflect the influence of changes observed over the chronosequence, while for the community these influences were more noticeable. Therefore, the study of functional and dynamic traits, as well as species groups, provides important information about the processes, and consequently the assembly, of communities with different resource availabilities.
description Em comunidades montadas por processos determinÃsticos os filtros abiÃticos ou biÃticos selecionam espÃcies e caracterÃsticas funcionais com melhor aptidÃo. Com base nisso, a hipÃtese deste trabalho à que filtros abiÃticos e biÃticos atuem ao longo da cronossequÃncia, gerando diferentes processos de montagem das comunidades. Deste modo foram levantadas as seguintes previsÃes: I) Caso exista integraÃÃo funcional entre os ÃrgÃos, os diferentes processos de montagem da comunidade gerarÃo diferentes espectros de economia para a planta, II) CaracterÃsticas e estratÃgias funcionais apresentarÃo diferentes relaÃÃes com as taxas demogrÃficas ao longo da cronossequÃncia e III) Os diferentes processos de montagem vÃo gerar diferentes padrÃes para estrutura filogenÃtica e funcional, sendo estes modificados ao longo do tempo em virtude da mortalidade e do recrutamento. Para testar estas previsÃes, foram coletados dados de oito caracterÃsticas funcionais (foliares, reprodutivos, tronco e planta inteira) em 64 espÃcies, distribuÃdas em nove Ãreas, sendo seis capoeiras (trÃs com 17 anos e trÃs com 25 anos de regeneraÃÃo, aproximadamente) e trÃs florestas maduras, localizadas sob domÃnio da Floresta OmbrÃfila Densa, na regiÃo do litoral Norte de Pernambuco, Brasil. Em cada uma dessas Ãreas foram obtidas as taxas de mortalidade, recrutamento e crescimento das espÃcies e grupos de espÃcies. Foi observado que nÃo existe um espectro de economia para planta, de modo que os ÃrgÃos atuam de forma independente, nÃo variando ao longo da cronossequÃncia. Algumas caracterÃsticas tiveram forte influÃncia sobre a demografia das plantas, mas estas relaÃÃes tambÃm nÃo variaram com a cronossequÃncia. Quando as espÃcies foram agrupadas com base no maior nÃmero de caracterÃsticas voltadas para uso rÃpido do recurso (espÃcies aquisitivas), para a conservaÃÃo do recurso (espÃcies conservativas) ou com caracterÃsticas voltadas para ambas as estratÃgias (espÃcies intermediÃrias), as taxas demogrÃficas apresentam algumas variaÃÃes ao longo da cronossequÃncia, com maior mortalidade de espÃcies aquisitivas e intermediÃrias nas vegetaÃÃes com 25 anos de regeneraÃÃo e maior recrutamento de espÃcies intermediÃrias e conservativas no final da cronossequÃncia. AlÃm disso, foi observado que nÃo existe sinal filogenÃtico para as caracterÃsticas estudadas, indicando que nÃo houve conservaÃÃo de nicho, e que as estruturas filogenÃtica e funcional apresentam padrÃo aleatÃrio nas fases iniciais da sucessÃo, enquanto que no fim da sucessÃo a comunidade era funcionalmente dispersa e filogeneticamente agrupada. Estes padrÃes se mantiveram ao longo do tempo, nÃo sofrendo influÃncia de indivÃduos e espÃcies mortos e recrutados. Deste modo, à possÃvel afirmar que ao longo desta cronossequÃncia, as variaÃÃes nos filtros foram percebidas de forma diferente quando analisadas por populaÃÃes e por comunidades. CaracterÃsticas analisadas no nÃvel de populaÃÃo nÃo refletiram a influÃncia das mudanÃas observadas ao longo da cronossequÃncia, enquanto que para comunidade as influÃncias foram mais perceptÃveis. Portanto, o estudo das caracterÃsticas funcionais e da dinÃmica, bem como dos grupos de espÃcies, forneceram informaÃÃes importantes sobre os processos e conseqÃentemente sobre montagem das comunidades com diferentes disponibilidades de recursos.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-08-10
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
status_str publishedVersion
format doctoralThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=15118
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=15118
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Ecologia e Recursos Naturais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295211695112192