Prevenção de úlceras por pressão em vítimas de traumas: aplicação da escala de Braden
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Publication Date: | 2011 |
Format: | Bachelor thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da UECE |
Download full: | https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=70311 |
Summary: | As úlceras por pressão constituem um dos principais problemas de saúde que afligem pacientes hospitalizados, sendo um grande motivo de preocupação, em virtude do crescente número de indivíduos acometidos e das repercussões para suas vidas e de seus familiares, como também para as instituições provedoras de saúde. O estudo objetivou avaliar o potencial de risco para o desenvolvimento de úlceras por pressão em pacientes vítimas de traumas, internados em uma instituição pública de saúde da cidade de Fortaleza-CE, utilizando a escala de Braden e propor intervenções de enfermagem de caráter preventivo, baseadas nas recomendações propostas por esta escala, conforme a avaliação de risco. Trata-se de uma pesquisa descritiva, desenvolvida em uma instituição de saúde, referência em urgência e emergência, que presta atendimento em nível terciário a vítimas de traumas, queimaduras e intoxicações agudas. A amostra estudada compreendeu 53 pacientes internados na unidade traumatológica da referida instituição, no período de janeiro a junho de 2010. Para a coleta, utilizou-se um formulário composto por dados de identificação do paciente, dados clínicos, fatores de risco e a escala de Braden. Os dados foram analisados através da estatística descritiva, discutidos à luz da literatura revisada acerca da temática e apresentados em gráficos e tabelas. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comité de Ética em Pesquisa da própria instituição sob o N° 74.159/2009, respeitou-se os aspectos éticos e legais dispostos na Resolução 196/96 durante sua execução. Obteve-se que 85% da amostra tinham entre 18 e 57 anos de idade; 62% eram do sexo masculino; apenas 2% tinham ensino superior; 94% tinham renda mensal de até três salários mínimos; 40% tinham fratura de MMII e 56% eram politraumatizados; 89% tinham sido vítimas de violência no trânsito; 11% tinham HAS como comorbidade; o tempo médio de internação foi de 30 dias; 100% usavam analgésicos; somente 14% eram tabagistas; 38% tinham dieta oral e geral; 62% tinham aspecto físico normal; 85% tinham pela hidratada; menos de 30% usavam fraldas; 83% usavam substâncias hidratantes; apenas 28% não realizavam mudança de decúbito; 100% tinham acompanhante; 87% apresentavam higiene satisfatória; 70% usavam colchão piramidal. Quanto à avaliação pela escala de Braden encontrou-se que: 89% não tinham limitação da percepção sensorial; 75% tinham a pele raramente úmida; todos estavam restritos ao leito; 66% tinham a mobilidade muito limitada; 47% tinham nutrição provavelmente inadequada; para 68% a fricção e o cisalhamento eram problemas potenciais. Concluiu-se que 66% dos pesquisados tinham baixo risco para desenvolvimento de úlceras por pressão, conforme a escala de Braden. Concluiu-se ainda que, embora a maioria dos pacientes tivesse apresentado baixo risco para o desenvolvimento de úlceras por pressão, segundo a pontuação da escala de Braden, mudanças são necessárias na instituição e na maneira de cuidar desses pacientes. Deve-se investir em treinamento e capacitação dos profissionais e de seus cuidadores para lidar com as particularidades dessa clientela. A escala de Braden é de grande utilidade na identificação dos fatores de risco para o surgimento dessas lesões, direcionando o cuidado de enfermagem. Evidencia-se a necessidade de mais estudos acerca do tema, com propostas de protocolos de cuidado que objetivem a prevenção dessas lesões nessa clientela. Palavras-chave: Enfermagem; Escala de Braden; Prevenção Trauma; Úlcera por pressão. |
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